Mesmo foragida da Justiça, a empresária e influencer Ana Paula Ferreira, a Ana Pink, prestou depoimento na última quinta-feira (15), em processo que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro. O interrogatório da influencer foi realizado pela internet e durou aproximadamente uma hora.
Ana Pink e o marido, o advogado Maiclerson Gomes da Silva, são acusados pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) de usar, sem autorização, o nome de 360 mil pessoas cadastradas no INSS para obterem empréstimos consignados no nome das vítimas. Quando o dinheiro caia na conta dos beneficiados, que não teriam solicitado o serviço, o casal receberia 6% de comissão.
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De acordo com a promotoria, o esquema teria movimentado mais de R$ 10 milhões. A defesa do casal nega as irregularidades. Em abril, enquanto estava em prisão domiciliar, a influencer disse em entrevista à EPTV que a empresa do casal atuava de forma legal.
Maiclerson está preso desde março e Ana Pink está foragida. Ela chegou a ser presa, mas obteve o direito a prisão domiciliar, por conta dos filhos menores de idade. Contudo, no final de agosto, a Justiça expediu um novo mandado de prisão a pedido do MP-SP.
Horas antes da chegada da Polícia Militar na casa de Ana Pink, em um condomínio na zona Sul de Ribeirão Preto, a influencer saiu de casa em um Land Rover Defender e não foi encontrada pela Justiça.
O advogado Daniel Pacheco, professor da USP (Universidade de São Paulo), explica que mesmo foragida, Ana Pink não poderia ser impedida de participar da audiência.
“A Constituição Federal assegura o direito de ampla defesa. Então, todo mundo que está sendo acusado de um crime, se presume inocente e tem direito de se defender. Então, por isso, ela pode sim participar da audiência”, afirma em entrevista à EPTV.
“Até pelo contraditório que possa parecer, se for impedida a participação dela na audiência, isso pode gerar alguma nulidade no processo”, afirma Pacheco.