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CotidianoGaeco deflagra operação contra organizações criminosas na região

Gaeco deflagra operação contra organizações criminosas na região

Prefeito de uma cidade do entorno é alvo na ação que investiga contratos fraudulentos e milionários entre laranjas e órgãos públicos

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Presos serão apresentados na delegacia de Franca (Foto: Gaeco)

 

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Deflagrada na manhã desta terça-feira (2) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), a operação Dólos já prendeu quatro pessoas e tem mais diligências a serem cumpridas contra organizações criminosas da região de Ribeirão Preto.  

Ao todo, 15 mandados de prisão temporária foram expedidos, além de 90 de busca e apreensão. Destes, 24 são destinados a pessoas jurídicas, 12 em prefeituras e o restante a pessoas físicas.  

As equipes estão distribuídas em 25 municípios do Estado, inclusive em Orlândia, Batatais, Altinópolis, Guará e Miguelópolis. Nesta última cidade citada, a reportagem apurou que o prefeito é um dos investigados.  

De acordo com o Ministério Público do Estado de São Paulo, um esquema fraudulento, que envolve inúmeras empresas do setor de confecção de uniformes escolares e fornecimento de material escolar, deu início às diligências e prisões da presente data.  

A suspeita é que esses estabelecimentos sirvam de faixada, com “laranjas” envolvidos, para ocultar os verdadeiros responsáveis pelas transações.  

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“As investigações demonstram que o grupo criminoso se utilizava de empresas em nome de laranjas (funcionários ou familiares), mas que, em sua maioria, estavam fixadas no mesmo endereço. Outras sequer existiam de fato. Contudo, parte da movimentação financeira circulava nas contas bancárias destas empresas”, adiantou o Gaeco.  

As buscas, no entanto, ainda estão em curso.   

Motivação  

Ainda segundo o MP-SP, as primeiras pistas indicam que a motivação por trás desse esquema envolve pelo menos cinco finalidades: participação de procedimento licitatório sem que apareça eventual mácula ou sanção administrativa, blindagem e confusão patrimonial, fornecimento de material de baixa qualidade, sonegação fiscal e ocultação dos verdadeiros responsáveis.  

“O grande objetivo do grupo eram as licitações envolvendo o fornecimento de material escolar e uniformes escolares. Para tanto, eles corrompiam servidores públicos, os quais inseriam cláusulas nos editais que direcionavam a contratação para algumas empresas, ou então eles se ajustavam com outras empresas situadas em várias regiões do Estado e combinavam de fracionar o objeto da licitação para que todos ganhassem parte do certame”, completou.  

Os contratos firmados com órgãos públicos e investigados até o momento ultrapassam o valor de R$ 40 milhões.

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