Cinco pessoas envolvidas na organização de “rachas” em Ribeirão Preto foram identificadas e realizaram um acordo com o Ministério Público (MP) para prestar serviços à comunidade por sete meses.
O acordo entre as partes foi firmado nesta quinta-feira (25) e o grupo deverá prestar oito horas de serviços semanais. De acordo com o promotor de Justiça Paulo Teotônio, neste momento, foram punidos os principais responsáveis pelo “rolezinho”.
Infelizmente eles colocam em risco a própria vida, a vida dos transeuntes e de crianças. São vários crimes que são objetos dessa apuração. Nós estamos em um primeiro momento, punindo os cabeças, aqueles que lideram os grupos de internet
Paulo Teotônio, promotor de Justiça
Segundo o MP, propostas de transação penal são oferecidas em casos envolvendo crimes de menor potencial ofensivo, cuja pena máxima seja de até dois anos de prisão.
Além disso, o autor do fato precisa ser primário, ter bons antecedentes, possuir boa conduta na sociedade.
O que diz o outro lado
Em entrevista a EPTV, a advogada Fernanda Bueno, que defende dois dos infratores que assinaram o acordo, não nega os crimes cometidos, no entanto, diz que a prática ocorre pela falta de um local adequado para as manobras.
É incontroverso que eles fazem manobras e empinam motos, eles fazem isso. Na audiência de ontem [quinta-feira], eles disseram que sim, de fato acontece. Por isso que eles requerem há tanto tempo um espaço privado, fechado, para que possam realizar essas manobras em segurança. Para segurança da sociedade, do pedestre e para segurança deles
Fernanda Bueno, advogada
‘Rolezinhos’ acontecem em vários pontos
Os ‘rolezinhos’ acontecem em diversos pontos da cidade e geralmente são marcados pela internet. Para que nenhuns dos participantes sejam pegos cometendo a infração, geralmente os envolvidos compartilham o monitoramento da Polícia Militar.
Vídeos e fotos são compartilhados em redes sociais, mostrando manobras perigosas e acrobacias em alta velocidade.
Em fevereiro deste ano, por exemplo, a rodovia Carlos Tonani (SP-333), em Jaboticabal, cidade na região, virou uma pista de corrida para motociclistas disputarem rachas.
Vale ressaltar que essas atitudes podem ser consideradas perturbação no trânsito, prática criminosa no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Parar o trânsito, realizar manobras arriscadas e perturbar o trânsito, interrompendo a circulação de veículos, pode gerar uma multa de R$ 5,9 mil, suspensão da habilitação por 12 meses e apreensão do veículo.
*Com informações da EPTV
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