Após convocar 300 mil reservistas para lutar na Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin elevou a tensão mundial ao anunciar em um discurso na televisão que está disposto ao que for necessário para combater o que ele classifica como tentativa do Ocidente de destruir a Rússia.
“Se a integridade territorial de nosso país for ameaçada, usaremos todos os meios disponíveis para proteger nosso povo – isso não é um blefe”. A Rússia tem “muitas armas para responder”, acrescentou.
A declaração faz referência ao seu arsenal de armas nucleares e ocorre em um momento de baixas das tropas russas e de perda de territórios que haviam sido capturados no Nordeste da Ucrânia, em razão de uma forte contraofensiva ucraniana. Países membros da ONU (Organização das Nações Unidas), incluindo os EUA, têm ajudado a Ucrânia com financiamento e armas.
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O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, concedeu entrevista ao canal alemão Bild TV e disse não acreditar que o mundo permitirá que o presidente russo, use armas nucleares. Ele prometeu ainda continuar com a libertação do território capturado pelas forças russas.
Também em resposta à fala de Putin, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (21), em discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas em Nova York, que Moscou está fazendo ameaças “irresponsáveis” de usar armas nucleares.
“Um membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas invadiu seu vizinho, tentou apagar um Estado soberano do mapa. A Rússia violou descaradamente os princípios fundamentais da Carta das Nações Unidas”, disse Biden.
Confronto
A Guerra na Ucrânia completa em setembro, sete meses. O conflito é considerado um dos maiores na Europa desde a Segunda Guerra Mundial e também a maior crise de segurança no continente desde a Guerra Fria.
Após meses de ameaças e posicionamento de soldados na fronteira, as tropas russas começaram a avançar sobre o território ucrâniano na manhã de 24 de fevereiro. Desde então várias cidades foram bombardeadas e milhares de pessoas morreram, entre civis e soldados.
Uma das causas apontadas para o conflito, segundo a imprensa internacional, foi a insatisfação de Putin, sobre uma possível aliança do país vizinho com a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), formada por 30 países que se ajudam mutuamente em termos políticos e militares.
