Você já teve aquela sensação de que tudo está passando tão rápido que parece que não sobra tempo para nada? Geralmente, quando esse sentimento aparece, acaba batendo aquele sentimento ruim, não é verdade?
Nesses momentos, o ideal é parar, respirar e dar um novo sentido para a vida. Muitas pessoas encontram esse recomeço participando de ações voluntárias, doando tempo aos outros, como é o caso da Gabriela Paes.
Ela chegou há pouco tempo no bairro e já foi mandando todo mundo às favas, aos abacates e às cebolinhas. Isso porque ela é coordenadora de uma horta comunitária do bairro Quintino Facci II, em Ribeirão Preto. No local, todo mundo planta e qualquer um se beneficia.
A gente quer que essa produção seja sustentável e que ela seja para todo mundo, que não seja restrita. Então que todo mundo tenha acesso a alimento de qualidade, todo mundo tenha acesso ao alimento que quiser, na hora que quiser
Gabriela Paes, coordenadora da horta comunitária, em entrevista a EPTV
A horta comunitária é um projeto totalmente viabilizado com repasses da Saerp (Secretária de Água e Esgoto de Ribeirão Preto)
O projeto já tem dois anos: um de planejamento e outro de mão na terra. Neste ano, os alimentos começaram a aparecer, e já tem gente aproveitando para pegar verduras e legumes toda a semana. “Eu já levei uns almeirão, umas pimentinhas também, nunca paguei”, contou o também voluntário, Carlos Alberto dos Santos.
O terreno da horta comunitária é pequeno e fica ao lado de uma escola do bairro, mas o modelo de agrofloresta, que combina na mesma área o plantio de árvores, arbustos e canteiros com cultivo até de animais, multiplica o resultado.
A agricultura sustentável também serve de tabuleiro para uma rede do bem, exemplo disso são os alunos da escola, que adoram as coletas de mel de jataí. Uma vez por ano, um produtor voluntário faz coleta e explica a importância delas para todo o sistema, começando pela fecundação das flores.
A gente consegue abrir a casinha delas e mostrar tudo por dentro, para essas crianças verem como é a produção do mel. Ele [um produtor voluntário] também faz uma capacitação com os professores para que eles possam fazer isso sozinho, caso ele não possa vir. É um trabalho duplo. Tanto de mostrar para as crianças quanto de capacitar também os professores da educação infantil
Diego Freitas, coordenador do projeto
Voluntariado muda vidas
O voluntariado da natureza melhora a produtividade e a vida de qualquer um que põe a mão na massa. A Larissa, por exemplo, acordou um dia e sentiu que precisava ser voluntária.
Eu quis ser voluntariado realmente para ajudar as pessoas, para compartilhar meu conhecimento. para gerar transformações. Eles virem aqui procurar a gente, querer consumir os alimentos, querer participar, então a gente já vê uma mudança significativa
Larissa dos Santos, nutricionista e voluntariada
Ela ainda conta que participar do projeto causa nela muitos valores de conhecimentos e habilidades.
O projeto conta com o apoio de engenheiros agrônomo e ambiental, nutricionista, biólogo, gestora ambiental e até um economista. Porém, o sonho de todos esses profissionais é se tornarem desnecessários, afinal, eles querem que a horta seja autossustentável e que os voluntários possam andar com as próprias pernas.
Começar bem
Essas e outras histórias fazem parte de uma série de reportagens especiais da EPTV, que vai mostrar pessoas que resolveram virar a chave e mudaram de rumo para aproveitar as oportunidades.
As histórias inspiradoras de pessoas e metas para 2024 serão exibidas todos os dias no EPTV 2, às 19h, até o sábado (24). As reportagens também estarão disponíveis no Globoplay de forma gratuita (clique aqui).
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