A Justiça de Ribeirão Preto marcou para o dia 14 de junho deste ano o júri de Guilherme Longo, acusado da morte do enteado Joaquim Ponte Marques, em 2013. O crime chocou Ribeirão e ganhou repercussão nacional.
A previsão da juíza Isabel Cristina Alonso Bezerra Zara, da 2ª Vara do Júri e Execuções Criminais, é que o julgamento tenha duração de duas semanas.
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Devem ser ouvidas 31 pessoas, entre testemunhas de defesa e acusação, além de peritos que atuaram no caso.
Guilherme Longo, que foi preso na Espanha e extraditado em janeiro de 2018, deverá participar do júri por videoconferência da Penitenciária de Tremembé, onde está preso no Vale do Paraíba.
O júri não deverá contar com plateia, em razão da pandemia da covid-19.
O padrasto é acusado de matar a criança, que estava com 3 anos anos de idade à época, com uma alta dose de insulina e jogar o corpo em um córrego. Joaquim foi encontrado no rio Pardo, em novembro daquele ano.
Prisão
A juíza Isabel Cristina Alonso Bezerra Zara cita o “perigo concreto de nova fuga” para manter Guilherme Longo preso.
“A custódia provisória visa, desde o decreto de pronúncia, assegurar a ordem pública e viabilizar futura aplicação da lei penal. Por essas mesmas razões, e porque já agraciado anteriormente com medidas diversas que foram por ele descumpridas -, deixo de substituir a prisão ou de conceder custódia domiciliar”.
Guilherme responde por homicídio doloso (com intenção) triplamente qualificado, com agravante de ocultação de cadáver.
A mãe de Joaquim, Natália Ponte, também deverá ser levada a júri pela morte do filho, mas ainda sem data definida.
O Júri
Além da da juíza presidente, promotor de Justiça, defesa, , dois escreventes, dois Oficiais de Justiça e 25 jurados convocados, dos quais apenas sete deverão permanecer por sorteio, estão previstas as seguintes participações no julgamento:
– 4 testemunhas de acusação
– 1 perito/assistente técnico da acusação
– 1 informante da acusação
– 1 perito/assistente técnico comum
– 3 informantes comuns
– 5 testemunhas de defesa,
– 13 peritos/assistentes técnicos da defesa
– 3 informantes da defesa
Outro lado
O advogado de defesa de Guilherme Longo, Antônio Carlos Oliveira, disse que discorda da ausência do réu em plenário e irá recorrer da decisão.
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