O juiz Ronaldo João Roth do Tribunal de Justiça Militar (TJM), decretou nesta sexta-feira (2) a prisão preventiva dos três militares acusados de agredir um homem na cidade de Guariba. A ação foi registrada por uma câmera de celular e o vídeo circulou pelas redes sociais. A Policia Militar (PM) abriu um inquérito para investigar o crime de tortura. (veja o vídeo acima)
Na decisão, o juiz alega que a não decretação da prisão pode representar indesejável sensação de impunidade, que incentiva o cometimento de crimes e abala a credibilidade do Poder Judiciário. Acrescenta ainda que a liberdade dos investigados poderá causar grande dano à investigação, uma vez que eles poderão colocar obstáculos à instrução criminal.
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“Os fatos são gravíssimos, pois os policiais agrediram a vítima com um pedaço de pau, enquanto esta já estava detida e, ainda, jogaram a bicicleta dela em uma fogueira. Assim, as circunstâncias apuradas e demonstradas pela Polícia Judiciária Militar apontam e justificam sim pela necessidade da prisão cautelar dos policiais militares envolvidos no fato”, disse.
A Juiz ainda reitera que o crime foi cometido em serviço, ferindo, portanto, os princípios de hierarquia e disciplina militares, justificando a prisão preventiva. “Diante do exposto, tendo em vista os argumentos supra, DECRETO A PRISÃO PREVENTIVA dos policiais militares”, escreve na nota.
Os dois soldados e um cabo da PM acusados de tortura ficarão presos preventivamente no Presidio Militar “Romão Gomes”, no Jardim Tremembé, zona norte da capital paulista até que se concluam as investigações.
