Após reclamação de moradores sobre dificuldades no atendimento para se conseguir uma cesta básica da Prefeitura de Ribeirão Preto, o conselho tutelar encaminhou ofício para administração municipal e para o MP-SP (Ministério Público de São Paulo) solicitando esclarecimentos sobre o problema.
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Uma das moradoras que encontrou dificuldades é a dona de casa Jamille Santos, que mora em uma comunidade no bairro Simioni, na zona Norte. Ela conta que está desempregada há um ano e depende de doações.
“No ano passado, a ajuda que teve foi o auxílio, que deu uma melhorada. Mas depois que acabou o auxílio é só dependendo do que chega. Quando aparece alguém doando na avenida, a gente sai correndo”, afirma à EPTV.
Jamille mora com a filha de um ano, com a mãe e outras duas pessoas. A mãe de Jamille, Joelita Amorim, disse que já tentou se cadastrar para receber a cesta básica emergencial da prefeitura, mas não consegue ser atendida pelo número de telefone disponibilizado.
“Tem alguns requisitos até um pouco questionáveis […] nós esperamos que a população seja atendida, porque a população está com fome em um momento tão difícil como esse de pandemia e a fome não espera”, afirma o conselheiro tutela João Manoel Belém de Almeida em entrevista para EPTV.
Segundo João Manoel, o ofício encaminhado para secretaria de Assistência Social não foi respondido e, por isso, foi necessário que o MP-SP fosse acionado. O MP-SP informou que pediu informações para prefeitura sobre a falta de cestas básicas.
Distribuição
Segundo a prefeitura, antes da pandemia 250 famílias estavam cadastradas para receber as cestas básicas da secretaria de Assistência Social. Contudo, com o agravamento da pandemia, o número saltou para 3,5 mil.
De acordo com o município, já foram distribuídas mais de 64 mil cestas neste período na cidade. Para conseguir acesso, é necessário seguir alguns critérios, como:
– Ser morador de Ribeirão Preto, não ter recebido cesta básica nos últimos dois meses, grupo familiar com no mínimo três pessoas, sendo um deles criança, adolescente, idoso ou acamado, família com só pai ou mãe, que tenha necessariamente uma criança ou adolescente, e estar desempregado, informal ou empregado com renda familiar igual ou menor a R$ 275 por pessoa.
Outro lado
A secretaria de Assistência Social informou, por meio de nota, que a central de atendimento do programa está funcionando normalmente. Contudo, em razão do congestionamento das linhas, o atendimento fica prejudicado.
O atendimento da pasta é realizado de segunda a sexta-feira, entre 8h e 16h, pelo número 0800-016-0030.
segunda à sexta 8h 16h.