Morreu nesta segunda-feira (31) o cientista Sérgio Mascarenhas de Oliveira, aos 93 anos, em Ribeirão Preto.
O físico, que criou o Instituto de Física e Química da Universidade de São Paulo (IFQSC/USP) e a Embrapa Instrumentação, sofreu uma parada cardiorrespiratória na última sexta-feira (28), quando foi internado, mas não resistiu. A informação foi confirmada pela neta dele, Sarah Mascarenhas.
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Sérgio Mascarenhas também foi um dos idealizadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde criou o curso de Engenharia de Materiais, o primeiro na América Latina.
O corpo do cientista será sepultado em São Carlos. No entanto, ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.
Homenagem
O diretor do IFSC (Instituto de Física de São Carlos), Vanderlei Bagnato, lamentou a morte de Sérgio Mascarenhas. O dirigente afirmou que o instituto existe graças ao empenho de Mascarenhas. Leia a mensagem divulgada:
“Estamos em profunda tristeza, perdemos um de nossos membros mais expressivos e responsável por grandes avanços da física brasileira. Não exageramos em dizer que foi um dos grandes responsáveis do crescimento cientifico de São Carlos e de muitos outros ao redor do Brasil. Fundador do Instituto de Física de São Carlos, da unidade Embrapa de instrumentação, mentor sempre motivado e motivando, grande conhecedor das necessidades cientificas do país usou todos os momentos de sua vida para ser útil. Incansável e desbravador propôs ideias e elevou a ciência brasileira através de seus feitos e relacionamentos com o exterior. Formou inúmeras pessoas que acabaram sendo fundamentais no desenvolvimento do país. Foi inovador desde o início, mesmo antes de falarmos sobre isto, já usava o conhecimento cientifico como ferramenta essencial para o desenvolvimento. Fundamental em propostas a nível nacional, sempre foi admirado e nunca mediu esforços para mudar o panorama brasileiro. Inconformado com a grande desigualdade social no Brasil, lutou sempre para que a ciência fosse o veículo da mudança deste quadro. Tristes, temos que continuar a caminhada traçada pelo Prof. Sergio Mascarenhas, esta é a forma de tornarmos imortal este grande cientista.
Vanderlei S. Bagnato , diretor do IFSC (que só existe devido a este grande cientista)”