O adolescente apontado como responsável por lançar a bomba que matou a menina Aylla Manuella Ribeiro Piedade, em Barretos, negou intenção de atingir a residência da vítima, conforme relato à Polícia Civil. A criança, de 4 anos, foi atingida por um explosivo no último sábado (25), dia de Natal.
VEJA TAMBÉM: Criança de um ano morre afogada em piscina em Ribeirão Preto
O menor, 14, foi apreendido nesta terça-feira (28) e prestou depoimento na DIG (Delegacia de Investigações Gerais) de Jaú, município onde havia se escondido na residência de um familiar, segundo informações da polícia.
O adolescente seria encaminhado para internação provisória de 45 dias na Fundação Casa de Araraquara, conforme explicou a delegada responsável pelo caso, Juliana da Silva Paiva, do 3º Distrito Policial de Barretos.
“Nesta oportunidade, [o adolescente] já deixou consignado que não pretendia atingir a casa da vítima e estava brincando com outros menores de arremessar bomba em um terreno baldio. Essa parte do depoimento a Polícia Civil confronta, tendo em vista que as imagens demonstram que a bomba foi arremessada em direção à casa da vítima”, argumentou a delegada, se referindo a um vídeo divulgado. (assista abaixo)
Ainda segundo a delegada, a polícia conseguiu localizar o menor de idade após entrar em contato com familiares, por volta das 14h.
“Combinamos a apresentação espontânea do menor na delegacia de Jaú, sem a necessidade de concurso policial. Logo ele se apresentou de forma pacífica e espontânea”, disse.
O adolescente responderá por ato infracional análogo ao crime de homicídio.
O caso
Aylla morreu no último domingo (26), depois de ser atingida por um explosivo no final da tarde do sábado, enquanto dormia na residência da família, na Vila Gomes, em Barretos.
Uma imagem mostra o buraco feito pela bomba no colchão onde a menina estava.
Ainda conforme a polícia, o explosivo atingiu a nuca e o peito de Aylla. Ela foi encaminhada para a Santa Casa da cidade, mas não resistiu.
A família de Aylla deixou Barretos e voltou para a cidade natal, Primavera (PA), onde a menina foi sepultada na segunda (26).
Parentes do menor disseram que temiam represálias contra o garoto.