Pode passar de 40 o número de cachorros mortos após a ingestão de petisco contaminado. A investigação, neste momento, se concentra em Minas Gerais, onde a Polícia Civil informou que recebeu, pelo menos, 40 denúncias. Além de Minas, há relatos de mortes São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Alagoas, Sergipe, Goiás e no Distrito Federal.
A orientação das autoridades é que todos os tutores com casos suspeitos registrem a ocorrência na delegacia mais próxima para que a situação seja investigada. A embalagem dos petiscos e notas de compra do produto podem ajudar nas investigações.
Três marcas de petiscos são investigadas por suspeita de contaminação: Dental Care, Every Day e Petz Snack Cuidado Oral. Todas são de fabricação da empresa Bassar.
Fábrica fechada
A fábrica de petiscos foi interditada no dia 2 de setembro. Naquele momento, nove cachorros em Minas Gerais e São Paulo haviam morrido com suspeita de envenenamento. Fiscais do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento decidiram pelo fechamento depois de inspecionarem a unidade da empresa Bassar Indústria e Comércio Ltda, em Guarulhos-SP.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abstecimento (Mapa) também determinou o recolhimento nacional de todos os lotes de petiscos da marca, sob a suspeita de contaminação por substâncias tóxicas. Cabe à empresa fazer o recolhimento e armazenar os petiscos em armazéns de sua propriedade.
“O Ministério da Agricultura orienta que formalizem as denúncias junto à Ouvidoria do Ministério munidos de informações sobre lote e data de fabricação dos produtos suspeitos. Já para fins de ressarcimento, consumidores devem entrar em contato com o fabricante ou com o estabelecimento”, informou o Mapa
Confira a nota divulgada pela Bassar
“A Bassar Pet Food informa que decidiu interromper a produção de sua fábrica até que sejam totalmente esclarecidas as suspeitas de contaminação de pets envolvendo lotes de seus produtos. A empresa também está contratando uma empresa especializada para fazer uma inspeção detalhada de todos os processos de produção e do maquinário em sua fábrica, em São Paulo.
De modo preventivo, a companhia já estava recolhendo os lotes de duas linhas de alimentos, mas procederá agora ao recolhimento de todos os produtos da empresa nacionalmente, conforme determinação do Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento.
A Bassar esclarece que ainda não teve acesso ao laudo produzido pela Polícia Civil de Minas Gerais, mas está colaborando totalmente com as autoridades desde o início dos relatos sobre os casos. A empresa enviou amostras de produtos para institutos de referência nacional para atestar a segurança e conformidade de seus produtos sob investigação.
Além disso, acionou todos os seus fornecedores para que façam o rastreamento dos insumos utilizados para afastarem a hipótese de algum tipo de contaminação.
A empresa está solidária com todos os tutores de pets – nossos consumidores e razão de nossa empresa existir. Somos os maiores interessados no esclarecimento do caso. Por isso, a empresa vem tomando todas as providências para investigação dos fatos. Os consumidores podem tirar dúvidas pelo e-mail sac@bassarpetfood.com.br.”
