Nesta semana, tive a oportunidade de participar, como palestrante, do evento do Gelq – Grupo de Estudos Luiz de Queiroz, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, a Esalq/USP. Fui falar de Oratória, que há muito tempo não é mais o que se achava antigamente de “a arte de bem falar”, ou a arte de ter uma retórica impecável.
Oratória, na verdade, envolve escutar, ouvir o outro, de saber se comunicar de forma assertiva, de forma proativa, entre outros detalhes que, atualmente, são chamadas de soft skills, ou seja, de habilidades comportamentais.
Em oposição às soft skills, estão, para continuarmos na terminologia contemporânea, as hard skills, ou seja, as habilidades técnicas. E, para não ficar dissertando, vocês sabiam que nessas habilidades técnicas os robôs já substituem o homem há um bom tempo?
Essa disrupção tem sido mais sentida agora, mas há tempos que o trabalho humano tem sido substituído pela máquina. E, segundo o Forum Econômico Mundial, 50% dos empregos atuais tenderão a desaparecer em breve, muito breve. Portanto, os robôs darão conta, como já têm dado, das hard skills e caberá aos humanos se fortalecerem nas soft skills.
Esta foi a tônica do evento do Gelq deste ano. Trazer aos alunos a discussão de como se tornar mais proativo, mais assertivo, com o pé no presente, mas o olhar no futuro que vem vindo rapidamente no vento, como diria o cantor Belchior.
Agradeço aos alunos da Esalq pela proatividade de acreditar neste trabalho tão urgente que é o dar vez e voz aos graduandos, fazendo com que eles saibam se comunicar de forma efetiva, mais criativa, usando a flexibilização cognitiva, a criatividade, sabendo valorizar a empatia, o trabalho em equipe; enfim, como diria Drummund, o ir de mãos dadas, sendo mais colaborativos, mais interativos.
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Puntel, sabendo que 70% dos jovens, em breve, vão trabalhar em empregos que ainda nem existem!