A 18ª edição da Parada LGBTQIA+ reuniu centenas de pessoas, na tarde deste domingo (21), em Ribeirão Preto. Os trios saíram da avenida Presidente Vargas até a praça João Marquesi, na avenida Antônio Diederichsen.
O evento que retornou após dois anos, devido a pandemia da covid-19, teve os shows da funkeira trans Mulher Pepita e da cantora e compositora drag queen Kaya Conk. No palco da Parada também se apresentaram artistas de Ribeirão e da região.
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A drag Adriele Bianca Bas também fez parte das apresentações. Ela é do estado de Pernambuco, mas mora há 16 anos em Ribeirão Preto. “Retornamos com toda força e garra neste ano. E o título da Parada ‘Vote com Orgulho’, é isso que temos que incentivar: todos votarem com consciência”, disse.
O presidente da ONG Arco-Íris, Fábio de Jesus, um dos organizadores do evento, comemorou o resultado da edição. “Foi um sucesso, uma parada politizada, com vários argumentos, discursos para nossa população LGBTQIA+, que é a que mais morre no país”, disse Fábio.
União de décadas
“Saia da frente com seu preconceito que eu quero passar com meu amor”, essa foi uma das mensagens trazidas pelas aposentadas Ângela Fontes, de 70 anos e Willman da Rocha, 75.
Há 28 anos juntas, as duas já participaram de diversas Paradas em São Paulo e em Ribeirão é a primeira vez.”Nós temos que entrar nessa luta, pelos nossos direitos”, afirma Ângela.
O advogado Geandrei Germano, coordenador da Rede Emancipa de Movimento Social e Educação Popular diz que o evento reforça a luta pelos direitos da comunidade LGBTQIA+.
“Nós sabemos da história do movimento, do quanto foi difícil começar lá trás, na década de 80, a coisa foi avançando, até hoje nós temos alguma aceitação, mas ainda assim é um pouquinho. Estamos aqui de novo para retomar o orgulho, para as pessoas serem quem eles quiserem ser”, disse.
