Atualizada às 10h55
Usuários do transporte coletivo de Ribeirão Preto criticaram o aumento do valor da passagem de ônibus, que passou de R$ 4,20 para R$ 5 a partir desta quarta-feira (16).
A pedido da Prefeitura de Ribeirão, nesta terça-feira (15) o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) derrubou a liminar que suspendia o decreto de reajuste no preço do bilhete.
“Eu tenho necessidade de trabalhar em Ribeirão e vai ficar mais pesado no bolso, o que pode gerar desemprego, já que muitos patrões arcam com esse valor. Eu não acho certo, pois os ônibus são lotados”, afirmou a doméstica Alessandra Aparecida Luca, em entrevista à CBN Ribeirão.
“A desembargadora tinha proibido o aumento, mas um juiz autorizou e pegou de surpresa. A passagem em Ribeirão está mais cara do que em São Paulo. Acho um absurdo pela qualidade do serviço”, relatou o vendedor Alcides José Vitorino.
O que diz a empresa
O consórcio PróUrbano, que reúne as empresas que prestam o serviço de transporte público em Ribeirão Preto, afirmou, por meio de nota ao acidade on, que enfrenta um déficit financeiro de mais de R$ 83 milhões no contrato.
Sobre as reclamações dos passageiros em relação à lotação dos ônibus e a qualidade do serviço prestado, a empresa nada respondeu.
Leia a nota da PróUrbano na íntegra:
“O sistema de transporte está altamente deficitário. O problema foi confirmado também pelo laudo pericial juntado no processo e citado na liminar pela própria Juíza, Dra. Lucilene Aparecida de Melo, onde diz que o desequilíbrio econômico-financeiro do contrato do transporte durante a pandemia (2020-2021) perfaz R$83.485.195.96, já deduzido o crédito suplementar repassado pelo município de 17 milhões”.
O que diz a Transerp
A Transerp, empresa responsável pela fiscalização do transporte coletivo na cidade, disse, também em nota, que o reajuste da tarifa foi anunciado com antecedência no Diário Oficial do município.
“Importante esclarecer que há três anos não havia sido reajustada e fatores como a variação do preço do combustível (aumento de 64,57% entre junho de 2020 a maio de 2021) e a variação do índice de preços dos veículos automotores, no último ano (18,25%) foram levadas em consideração”, ressaltou.