A PF (Polícia Federal) de Ribeirão Preto prendeu um homem por suspeita de estupro virtual de vulnerável. A prisão ocorreu na manhã desta quinta-feira (4), durante a operação Dólos, deflagrada nas cidades de Franca e Rifaina, a 85 e 150 quilômetros de Ribeirão.
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Segundo a polícia, entre os anos de 2017 a 2019, o investigado teria se passado por agente de modelos na abordagem das vítimas com idades entre 8 a 16, por meio de perfis falsos de aplicativos de conversas de redes sociais.
Ainda conforme a PF, o homem teria solicitado fotos das crianças nuas e em cenas de sexo. No total, a polícia diz que foram identificados 11 perfis falsos e 24 vítimas.
“O investigado atuava por meio das modalidades conhecidas como “grooming” e “sextortion“, palavras de origem inglesa, sendo a primeira utilizada para definir o aliciamento de menores através da internet, com a finalidade de se buscar benefícios sexuais e a segunda, referente à extorsão sexual decorrente da posse dos materiais de abuso sexual, obtidos através do “grooming” e, posteriormente, utilizada para submeter às vítimas a contínuos abusos. Nas conversas estabelecidas, o investigado adentrava no universo imaginário infanto-juvenil com falsas promessas de futuros trabalhos com seus ídolos e que era normal o envio de fotos de conteúdo sexual para conseguir o trabalho”, disse a PF, por meio de nota.
O crime
A PF explicou que, após o primeiro contato e a ilusão do contrato para trabalhar de modelo com seus ídolos, a criança começava a questionar a necessidade de mais fotos e quando iniciaria o trabalho.
“Nesse contexto, quando a criança começava a resistir ao assédio e se negava a enviar mais material de natureza sexual, o investigado, já de posse de arquivos de imagens e vídeos enviados pelas crianças em situações de natureza sexual anteriormente recebidas, coagia e forçava as crianças a continuarem a fornecer imagens sexuais, sob ameaças de divulgar na internet ou enviar aos seus pais”, disse a polícia.
Além do mandado de prisão temporária expedido pela 2ª Vara Criminal de Franca, também foi cumprido mandado de busca e apreensão.
De acordo com a PF, o investigado irá responder pelos crimes de estupro virtual de vulnerável em 17 ocasiões, divulgação de cena de estupro ou de cena de estupro de vulnerável em três casos e produzir, dirigir cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente em 12 ocasiões.
As penas totais para os crimes variam de 187 a 302 anos de prisão.
O nome da operação vem da mitologia grega. Dolo ou Dólos personificava o ardil, a fraude, o engano, a astúcia, as malícias, as artimanhas e as más ações, conforme a polícia.
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