A Polícia Civil de Franca investiga uma mensagem que teria sido enviada pela analista financeira Thabata Caroline Gonzales Silva, de 34 anos, à família, antes de ela ser encontrada morta na quinta-feira (18) com ferimento provocado por disparo de arma de fogo.
O principal suspeito do crime é o ex-namorado o policial militar Douglas da Silva Teixeira, que se entregou na tarde desta sexta-feira (19), na Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Franca e foi transferido direto para o presídio Presídio Militar Romão Gomes, que abriga policiais militares presos em São Paulo.
Mensagem
O texto foi escrito em tom de despedida e fazia um pedido para que a mãe cuidasse dos dois filhos dela, uma menina de 10 anos e um menino, de 4 anos, frutos de outro relacionamento. “Mãe, cuide bem das crianças, proteja com unhas e dentes, como a mãe maravilhosa que você sempre foi. Gratidão por nossa família. (…) Mãe, busca as crianças assim que você acordar. Eles estão sozinhos e eu não estarei mais aqui”, diz um trecho.
O delegado que acompanha o caso, Marcio Murari, informou que o aparelho foi apreendido e deve passar por pericia.
Familiares da vítima também devem ser ouvidos nos próximos dias. “Nós estamos instaurando um inquérito policial e agora vamos tomar vários depoimentos. Daqui a cerca de 15 dias solicitaremos que a policia militar o apresente aqui na sede da DIG, para então fazer o interrogatório”, disse.
O PM chegou a Delegacia de Investigadores Gerais (DIG), acompanhado de seu advogado e permaneceu calado durante o tempo todo, informou Murari.
O caso
Douglas estava foragido desde quinta-feira (18) quando a ex-namorada foi encontrada morta dentro do carro dela no estacionamento da chácara que pertence aos pais do suspeito, na rodovia Tancredo Neves.
O sepultamento de Thabata aconteceu no início da tarde desta sexta-feira (19), no Cemitério Santo Agostinho, também em Franca.
Segundo a família, o casal tinha uma relação conturbada por causa de ciúmes dele e chegou ao fim recentemente após cerca de dois anos.
Em outubro a vítima registrou um boletim de ocorrência contra o policial por ameaça e agressão. Ela disse em depoimento, que foi ameaçada com uma arma e agredida no pescoço por ter se negado a manter relações sexuais com ele.
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