A Polícia Civil quer descobrir quem vendeu o remédio abortivo que foi aplicado em uma jovem que acabou tendo complicações e morreu na última terça-feira (16). Camile Vitória Figueiredo Vianna, de 19 anos, de Barrinha, estava grávida de 20 semanas.
Segundo o delegado Reginaldo Félix, responsável pelo caso, com base nos depoimentos de duas meninas conhecidas da vítima que estariam com ela no momento da aplicação, a substância foi comprada pela internet, através de um grupo de whatsapp.
“Esse procedimento [da aplicação], segundo consta, foi monitorado pela pessoa que vendeu o medicamento, aí ela foi dando instruções para essa vítima e auxiliada por essas duas meninas, foi então que as três juntas teriam feito essas quatro aplicações na barriga dela”, disse Félix.
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De acordo com a Polícia, as aplicações foram feitas na tarde de segunda-feira (15), na casa de Camile. No dia seguinte ela passou mal e foi encontrada caída no chão por uma amiga que a levou para uma clínica. A jovem precisou ser transferida para um hospital de Jaboticabal, onde não resistiu e morreu na noite de terça.
Durante os atendimentos hospitalares, Camile não comunicou sobre o procedimento abortivo. A jovem já havia tentado fazer um abordo aos três meses de gestação, conforme apurou a Polícia. Em entrevista ao jornal da EPTV, nesta sexta-feira (19), o irmão da vítima, Renan Figueiredo, disse que a família não sabia da gravidez.
Investigação
Os quatro frascos da substância abortiva e o celular da vítima foram apreendidos e passarão por perícia. Além das duas jovens que foram ouvidas na delegacia, a Polícia Civil também está atrás do namorado de Camile, para que ele possa prestar depoimento.
“Estamos verificando os contatos que foram feitos com ela, entre ela e a pessoa que forneceu o medicamento, inclusive, parece que tem um terceiro envolvido, que sabia dos procedimentos e também acompanhou. Nós vamos apurar qual é a participação e o envolvimento dessa terceira pessoa nesse fato”, finaliza Félix. (Com EPTV)