Um policial civil em férias matou um jovem e deixou outro ferido após um furto de bicicletas, na tarde desta quinta-feira (24), em Nuporanga, município que fica a cerca de 60 quilômetros de Ribeirão Preto. O agente alega que agiu em legítima defesa para se defender do ataque da dupla.
De acordo com o boletim de ocorrência, foram roubadas bicicletas de crianças que estavam jogando futebol no estádio municipal José Martins de Barros. Duas bicicletas eram do policial e do filho. À pedido de uma das mães, o agente disse que decidiu ir atrás dos autores.
Os dois suspeitos foram avistados, cada um em cima de uma bicicleta, e carregando uma terceira, na estrada municipal Augusto Furlan, que liga Nuporanga à Orlândia, na saída da cidade.
O policial conta que parou o carro, se identificou e fez a abordagem. No entanto, os adolescentes reagiram com uma ‘machadinha’ e partiram para cima dele. Na confusão, um dos jovens foi atingido pelos golpes do outro e ficou ferido. Na sequência, o agente efetuou os disparos.
No local
A Polícia Militar (PM) foi ao local e chamou a emergência. O adolescente que morreu, de 17 anos, foi atingido com um tiro na cabeça. Já o outro, de 16 anos, está internado em estado grave, com ferimentos na cabeça e no braço, no Hospital Santa Casa de Franca, sob escolta policial.
No local, os PM´s localizaram seis bicicletas e duas eram do policial civil que posteriormente as reconheceu. Também havia dois estojos de munição de calibre 9 mm, da arma do policial, além de dois telefones celulares, entre outros pertences dos adolescente.
Na delegacia
O caso foi registrado na delegacia de Policia Civil, de Nuporanga, como ato infracional de furto e resistência e homicídio. O policial foi não preso, pois foi reconhecido o excludente de ilícitude. O delegado responsável pelo caso, Clodoaldo Delgado, entendeu que o agente agiu em legítima defesa.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP), informou que todas as circunstâncias relativas aos fatos são apuradas por meio de inquérito policial instaurado pela Delegacia Seccional de São Joaquim da Barra. A Corregedoria da Polícia Civil também investiga o caso.
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