Um professor na Escola Estadual Professor Fernando de Campos Rosa, em Cravinhos, afirma ter sido agredido na quarta-feira (29) após chamar a atenção de um aluno.
“Um aluno estava machucando uma aluna e eu pedi para ele parar com isso. Ele não gostou de eu chamar atenção e veio para cima de mim. Começou a me xingar, a me dar murro no braço e falou que da próxima vez ia ser pior”, relata o professor, que não quis ser identificado.
Um levantamento da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) mostra que três professores são agredidos todos os dias em média no estado. Dos 3 mil professores que pediram afastamento em 2018, 35% foram por causa da violência que sofreram por parte dos alunos.
O professor afirma que a escola não tem inspetores e que é muito insegura. “Muitos alunos pulam o muro, alunos que não são da escola. Então você vê, um pátio que fica sem funcionários, porque a escola não tem inspetor de alunos”.
O educador José Eduardo de Oliveira afirma que o aumento da violência contra professores é um sintoma do que os alunos vivem fora da escola. “Por exemplo, família desestruturada, problemas com drogas, criminalidade. O quê esperamos? Que a comunidade escolar saiba, em primeiro lugar, a existência dessas situações de violência dentro da escola”.
Ele também explica que há uma desmotivação generalizada no sistema de ensino. “Uma desmotivação do próprio aluno, do próprio docente, dos próprios funcionários. O ambiente de aprendizagem é muito importante então desde a estrutura da escola como o ambiente salubre de aprendizagem é importante para o desenvolvimento”, conclui.
A direção da escola afirmou contar com um professor mediador que trabalha na resolução de conflitos e que vai apurar o ocorrido.
(Com EPTV)