A estudante de Ribeirão Preto, Claudia Rodrigues, de 25 anos, foi selecionada para fazer doutorado em uma das principais universidades dos Estados Unidos. A caminhada da estudante de matemática foi intensa até alcançar o seu principal objetivo. E ela trilhou o caminho pelo ensino público.
Moradora do bairro Campos Elíseos, zona Norte da cidade de Ribeirão Preto, desde criança estudou em escola pública, enfrentou as dificuldades do ensino popular sempre em busca de um futuro melhor.
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“Quando eu passei na USP (Universidade de São Paulo) de primeira foi um susto. Tive que lidar com a defasagem de ensino e de cultura. Mesmo sendo na mesma cidade, a diferença era grande”, lembra Claudia.
Com muito esforço, a estudante seguiu a faculdade e finalizou bacharelado e licenciatura na USP de São Carlos. Nesse período, ela recebeu auxilio do governo para moradia e alimentação – benefício que é oferecido para alunos que comprovam baixa renda.
Em busca de um sonho
Após as graduações ela buscou mais especialização e cursou dois anos de mestrado no Rio de Janeiro, mas por consequência da pandemia ela retornou para Ribeirão Preto. Nesse período, começou a buscar novas oportunidades e iniciou o processo de tentar o seu doutorado fora País. Após duas tentativas, foi aprovada na University of Central Florida.
“Meu pai tem 78 anos, ele tem Alzheimer e requer cuidados 24 horas. A minha mãe é diarista, mas precisa estar em casa para cuidar do meu pai. Ela busca oportunidades para passar roupas em casa e a gente conseguir cuidar do meu pai e gerar renda”, conta. A saída encontrada por Claudia foi a vaquinha on-line (clique aqui). Para bancar os custos até o mês de outubro, a estudante vai precisar de R$ 24 mil – valor inclui aluguel, passagem área, alimentação e seguro viagem.
A previsão é que ela fique por cinco anos fora do país até a finalização do doutorado – o objetivo é se tornar pesquisadora e professora. “Quero tornar o País um exemplo em qualidade de ensino e educação, em especial, na matemática. Quero abrir portas para jovens brasileiros na ciência. Quero fazer os jovens sonharem bem alto”, finaliza Cláudia.
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