O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) negou o pedido de prisão preventiva do consultor de investimentos Samir Gabriel da Silva. Ele é apontado pela Polícia Civil como o suspeito de ser o mandante das mortes do pai Valdir Gabriel da Silva, de 73 anos, e o irmão Ridlaw Gabriel da Silva, de 48, em Ribeirão Preto, em uma suposta briga por herança.
O processo corre em segredo de Justiça, mas a reportagem da EPTV, conseguiu apurar que a prisão preventiva de Samir foi negada porque o juiz considerou que as provas colhidas até o momento durante o inquérito são inconsistentes.
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A decisão da Justiça vai ao encontro do entendimento do Ministério Público (MP) sobre o caso. Na semana passada, o MP já havia informado que não concordava com o pedido de prisão e recomendou mais investigações.
O advogado Clelioleno José Pereira da Costa, que defende Samir, afirmou que a investigação não tem nenhuma prova que seu cliente teve participação nos crimes. Samir também foi procurado pela reportagem da EPTV, mas não atendeu as ligações.
Pedido de prisão
O pedido de prisão da Polícia Civil, tem como base informações que foram colhidas após a morte do idoso, executado a tiros, em maio deste ano no Jardim Paulistano. Áudios obtidos revelam ameaças de Samir às vitimas, por meio de mensagens enviadas em um aplicativo de conversas.
Conforme apuração da Polícia, a disputa pelo dinheiro da família teria começado com a separação de Valdir da atual companheira, que é mãe de Samir e com quem viveu por 40 anos. Após o rompimento, o idoso passou a morar com Ridlaw
Ridlaw contou à Policia que após o processo de separação, muito dinheiro teria sido desviado e que seu pai acabou solicitando o bloqueio de bens, o que enfureceu o Samir. Ele também disse que vinha sofrendo ameaças do irmão.
Ridlaw foi alvo de tiros em 8 de setembro (quinta-feira) no Jardim Ouro Branco. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas foi levado em estado grave para o Hospital das Clínicas Unidade de Emergência (HC-UE), e morreu cinco dias depois.