Ribeirão Preto contabiliza nos primeiros cinco meses de 2022, média de 23 casos de estelionato por dia. Os dados são de um levantamento feito pela reportagem da EPTV, com base em informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), obtidos pela Lei de Acesso à Informação (LAI).
Segundo os dados da SSP-SP, de janeiro a maio deste ano foram registrados na cidade 3.497 boletins de ocorrências de estelionato. O total de registros inclusive supera o primeiro semestre de 2021, quando foram recebidas 2.279 denúncias de estelionato em delegacias da cidade.
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Um moradora que prefere não ser identificada foi uma das vítimas que entraram para a estatística. Ela teve um prejuízo de R$ 3 mil ao transferir uma quantia ao golpista que se passava pelo filho em um aplicativo de mensagens. A mulher disse que ainda tentou contato com o filho antes, mas ele estava em viagem à Bahia e não respondeu.
“O meu marido fez o Pix, pagou tudo certinho (..) Mandei o comprovante para o meu filho e falei: ‘filho, é a respeito do depósito que você pediu para a mãe pagar uma conta para você, Pix’. Aí ele falou: ‘não, mãe, eu não pedi isso. Jamais eu ia pedir dinheiro para a senhora’, disse.
Já o comerciante Eduardo Francisco Baldini teve um prejuízo de R$ 5 mil ao cair em um golpe no caixa eletrônico. Ele acredita que a máquina estava com um chupa-cabra, aparelho instalados na entrada dos cartões capaz de roubar os dados dos clientes.
“Eu fiz um saque, fiz a finalização de transação no caixa, na máquina, e na hora que saí da fila, uma pessoa chegou até mim e disse que o caixa estava aberto ainda, que era para eu voltar lá para fechar o caixa. E quando eu fui fechar o caixa, ele falou que eu tinha que colocar o cartão e digitar a senha e o CPF do meu pai. Provavelmente a máquina estava com aquele chupa-cabra”, disse.
Golpes eletrônicos
Os golpistas têm se aperfeiçoado ao longo dos anos e muitas vezes usam a internet para armar ‘armadilhas’ contras as vítimas. Confira abaixo algumas dicas para navegar no ambiente virtual com segurança:
Não se cadastre em sites desconhecidos –Não informe dados pessoais, como CPF, número de celular e senhas, em sites desconhecidos. Confira se o endereço corresponde com a marca, empresa ou serviço público.
Não clique em links suspeitos – Ao receber um link suspeito, não abra, pois ele pode acessar suas informações. Normalmente, estes endereços acompanham alguma oferta convidativa, como descontos e prêmios.
Duvide de pedidos que chegam pelo Whatsapp ou por SMS – A clonagem do Whatsapp e de números de celular é outro crime que se tornou comum. Os bandidos se passam pelo dono da linha e pedem uma quantia, como se fosse um empréstimo, por Pix.
Atenção aos pagamentos por campo de proximidade, o NFC – Alguns terminais para esse tipo de transação podem ter sofrido alterações para roubar dados. Se notar algo suspeito, opte por outra forma de pagamento para garantir sua segurança.
Cuidado com QR Codes falsos – O QR Code, que viabiliza transações por meio da captura do código, estão populares. No entanto, certifique-se de que o valor que consta no QR Code e o destino do dinheiro estão corretos antes de realizar pagamentos e transferências.
Nunca compartilhe senhas – Nunca compartilhe as senhas pessoais e não confunda a senha com a chave do Pix.
Cuidado com ligações ou mensagens do banco – Desconfie de telefonemas ou mensagens cuja pessoa diga ser funcionária do banco onde é cliente.
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