A RP Mobi, antiga Transerp, estuda transformar alguns pontos de táxi em vagas para estacionamento em Ribeirão Preto. Isso porque, de acordo com a empresa, existe baixa demanda nos espaços designados aos taxistas.
Mesmo com o avanço dos aplicativos de transporte, Ribeirão Preto registrou queda de apenas três permissões para taxistas. A cidade possui hoje, 377 taxistas distribuídos em 38 pontos ativos e em mais 13 extensões espalhadas pela cidade, contudo, diversos locais se encontram vazios.
Apesar do número expressivo, a maioria dos motorista atendem através de aplicativos de mensagens, como WhatsApp, ou pelo telefone e, por isso, não ficam estacionados no locais indicados, como explica o taxista Neemias Santos Cardoso.
“Tem muito serviço. Se você trabalhar direitinho, o pessoal te liga, liga no ponto, liga no seu celular. O pessoal ainda confia no velho e bom táxi”, explica o taxista.
Em entrevista a EPTV, José Mauro de Araújo, diretor da RP Mobi, explicou que a empresa não descarta a possibilidade de reduzir os espaços exclusivos da categoria.
“O que a gente tem observado é que, com o avanço da tecnologia, o sistema de radiocomunicação, aplicativos, então os pontos às vezes deixam de ser utilizados. Mas existe a condição de avaliar cada situação. É possível em algumas situações, nós já fizemos isso”, explica.
José Mauro ainda explica que Ribeirão Preto tem o número acima do previsto por lei de taxistas.
“Temos um decreto de 1990 que estabelece um veículo para cada 2,5 mil habitantes. Nós teríamos hoje 277 dentro dessa legislação. Temos 377, ou seja, estamos acima daquilo que estabelece a legislação municipal”.
VEJA TAMBÉM
Obras da avenida Nove de Julho têm prazo estendido e comerciantes pedem providências
Câmara de Ribeirão Preto oficializa compra de sedans por R$ 1,6 milhão
O que os motoristas acham do estudo?
Questionados sobre a possível mudança, motoristas que frequentam o Centro da cidade aprovam a transformação dos pontos em vagas. Eles dizem que andar de carro pela região central de Ribeirão está complicado e que a ação ajudaria.
No entanto, quem trabalha no setor não concorda com a medida. Fernando Castagini é taxista em um ponto da rua Duque de Caxias e explica que, a faixa que existe hoje, já não é suficiente para todos os trabalhadores.
“Não é possível. São 27 carros, a gente já tem problema com carro particular, com van. A gente já tem um espaço pequeno, dividimos o espaço em dois, porque a maioria desse a Tibiriça. Se reduzir o espaço, parar os 27 carros não tem como”, disse o taxista.
(Com informações da EPTV/ TV Globo)
LEIA MAIS
