A separação das irmãs siamesas Alana e Mariah, que nasceram unidas pela cabeça, deve ser concluída entre junho e julho de 2023, no Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto. A segunda cirurgia foi realizada no último sábado (19) e durou 9 horas. As irmãs passam bem, segundo o hospital.
O médico Jayme Adriano Farina Júnior, chefe da Divisão de Cirurgia Plástica do HC, disse nesta segunda-feira (21), durante entrevista à imprensa, que há uma terceira intervenção prevista para fevereiro do próximo ano, uma cirurgia plástica em março do ano que vem e a separação final das gêmeas estimada para junho ou julho.
“Na última cirurgia, o principal objetivo é a reconstrução do crânio. É reparadora e uma das mais complexas do mundo, porque casos como esse são raríssimos”, afirmou. Para este procedimento, a equipe estuda a reconstrução do crânio com uso de células tronco. “Seria doado da própria criança e não haveria rejeição”, explicou o profissional.
No sábado, foi realizada a segunda cirurgia de separação das gêmeas siamesas Alana e Mariah. O procedimento aconteceu no Hospital das Clínicas, em Ribeirão Preto
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O médico chefe do Setor de Neurocirurgia Infantil do Hospital das Clínicas (HC) de Ribeirão Preto, Hélio Rubens Machado, também participou da entrevista sobre a separação das siamesas e disse que a segunda cirurgia realizada no sábado (19) utilizou novas técnicas como a reconstrução tridimensional.
“Obtemos as imagens com marcadores na pela das crianças. Na hora da cirurgia, ao invés de usar imagens planas, usamos imagens tridimensionais. Com isso, o cirurgião consegue se familiarizar com o que ele planejou e fazer uma cirurgia muito mais segura”, disse o médico.
A médica Ana Paula Carlotti, chefe do CTI Pediátrico do HC, afirmou que as irmãs Alana e Mariah estão evoluindo na recuperação sem qualquer problema em relação à cirurgia realizada no último sábado. “Elas estão se alimentando normalmente, por boca, movimentando os quatro membros de maneira simétrica, conversando com a equipe e interagindo com os familiares e conosco”, ressaltou a médica.
As gêmeas passaram pelo primeiro procedimento no dia 6 de agosto deste ano. A família é da cidade de Piquerobi-SP, a aproximadamente 490 quilômetros de Ribeirão Preto.