- Publicidade -
CotidianoSeu dinheiro: Vamos tomar risco na velhice?

Seu dinheiro: Vamos tomar risco na velhice?

Quanto mais perto chegamos dos anos de aposentadoria e reivindicamos nosso status de cidadão idoso, menos riscos poderemos querer correr com nossos investimentos

- Publicidade -

Eliseu Hernandez D’Oliveira, assessor de investimento da Bluetrade (Foto: Weber Sian / ACidade ON

Quanto mais perto chegamos dos anos de aposentadoria e reivindicamos nosso status de cidadão idoso, menos riscos poderemos querer correr com nossos investimentos. Nós tendemos a começar a olhar para uma renda fixa de vencimento mais curto. Durante nossos anos de velhice, desejamos explorar as melhores opções de investimento para os idosos com o objetivo de colocar o nosso dinheiro suado para trabalhar para gente. Ao mesmo tempo queremos a maior rentabilidade possível para não ter queda no padrão de vida quando pararmos de trabalhar.

A B3 (bolsa de valores brasileira – antiga Bovespa) sempre divulga dados sobre o perfil dos investidores que acessam seus serviços. Nessa semana, o jornal Estadão destacou a idade dos investidores pessoa física. Apesar de chamar de idoso pessoas acima de 56 anos, o jornal mostrou que essas pessoas são responsáveis por 54,44% de todo o dinheiro transacionado por investidores pessoas físicas na bolsa. Para pessoas com mais de 66 anos, a porcentagem é de 33,85%.

- Publicidade -

Esses números impressionam e vão contra o senso comum de que pessoas mais velhas buscam (ou deveriam buscar) mais segurança na hora de investir. Entretanto, em um momento econômico atual em que a Selic está em 2%, CDI em 1,90% e poupança rendendo 0,11% ao mês, talvez deixar recursos em investimentos conservadores seja o arriscado. Sabe o CDB que rende 100% do CDI? Perdeu para inflação. A alta dos preços em 2020 foi de 237% do CDI, tudo abaixo disso teve perda do poder de compra.

É o que no economês chamamos de taxa juros real negativa. Tudo indica que em 2021 essa história voltará a se repetir, logo faz total sentido buscar melhores rentabilidades em investimentos mais sofisticados. Entram em cena os títulos do governo e de crédito privado atrelados à inflação. Esses rendem IPCA +Taxa% ao ano. Ou seja, sempre renderão mais que o índice de preço. Porém, no caso dos créditos privados, é necessário analisar a empresa que se está investindo, pois não contam com FGC (Fundo Garantidor de Crédito).

Entra em cena também a renda variável. Ações, fundos de investimentos imobiliários (FII) e estruturadas. Níveis de risco diferentes é igual a níveis de rentabilidades esperadas diferentes também. Quanto maior o risco, maior o retorno que se espera do investimento. Um bom FII paga aluguéis bem acima da inflação. Uma ação de uma boa empresa, pode trazer grandes retornos e uma excelente participação em seus lucros (dividendos). Uma estruturada poderá ser usada para alavancar ou proteger uma parte do patrimônio exposta à renda variável.

A melhor opção de investimento para investidores idosos pode ser evitar colocar todos os ovos na mesma cesta (diversificação de novo!), para que seja possível gerenciar melhor o risco. Se diversificar o portfólio, poderá distribuir os investimentos por vários veículos. Ao fazer isso, não ocorrerá a perda de tudo se um investimento entrar em declínio. Porém, mesmo em nossos anos de aposentadoria, nós desejamos olhar para o potencial de crescimento dos nossos investimentos para bater a taxa de inflação da economia, bem como se preparar para o que pode estar muitos anos de aposentadoria pela frente.

- Publicidade -
Mídias Digitais
Mídias Digitaishttps://www.acidadeon.com/
A nossa equipe de mídias digitais leva aos usuários uma gama de perspectivas, experiências e habilidades únicas para criar conteúdo impactante., com criatividade, empatia e um compromisso com a ética e credibilidade.
- Publicidade -
- Publicidade -
- Publicidade -
Notícias Relacionadas
- Publicidade -