A Polícia Civil de Ribeirão Preto informou nesta quarta-feira (26) que o homem suspeito de participação no sequestro de um casal de São Simão tinha desavença antiga com a família de uma das vítimas.
Segundo a polícia, o homem identificado como Marcos José Rodrigues, de 38 anos, foi morto na madrugada desta terça-feira (26), após se envolver em uma troca de tiros com policiais em uma propriedade rural conhecida como Sítio Chuvanada. Este, também, seria o apelido do suspeito.
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“Ele era do crime lá em São Simão. Há muito tempo já teve uma rixa com a família da vítima a respeito de arrendamento de terras. Ele se sentiu prejudicado porque perdeu o arrendamento e, posteriormente, a família da vítima arrendou essa área rural”, revelou o delegado César Augusto de França, da Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais).
Ainda segundo o delegado, a família da vítima já havia registrado um boletim de ocorrência (BO) contra Rodrigues.
“Acredito que ele acabou arquitetando esse crime e não tinha noção da gravidade e da repercussão”, afirmou o França.
R$ 2 milhões
Os sequestradores exigiram R$ 2 milhões para libertar uma das vítimas que ainda era mantida em cativeiro. O casal foi sequestrado durante uma emboscada na tarde do último sábado (22). A mulher, contudo, acabou liberada antes.
O valor do resgate não chegou a ser pago e a vítima foi liberada em uma avenida de São Simão, na noite de segunda-feira (24).
“O pai e um tio da vítima queriam pagar parte do resgate, mas nós não deixamos. Os bancos foram comunicados do grave crime e existe norma para bloquear todas as contas dos familiares. Orientamos para que negociassem com o autor e ganhassem tempo para a polícia chegar ao cativeiro”, explicou o delegado.
O contato com a família era por meio de ligações telefônicas, o que permitiu a polícia identificar o número e chegar ao suspeito. Um dos áudios foi gravado pela família. Ouça abaixo.
“Eles [criminosos] perceberam que não iriam ter êxito na ação e não receberiam nada, por isso resolveram libertar a vítima”, disse França.
A Polícia Civil prossegue com as investigações e já teria identificado ao menos um de outros três suspeitos de participação no crime.