O TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) acatou recurso da defesa do empresário Alexsandro Ichisato, e diminuiu a condenação pela morte do estudante Marcos Delefrate, durante as manifestações de Junho de 2013, para 18 anos e 8 meses.
Em fevereiro de 2020, a Justiça de Ribeirão Preto condenou o empresário a 64 anos de prisão pela morte de Delefrate e por ferimentos causados a outras quatro pessoas que participavam da manifestação.
Delefrate, que tinha 18 anos na ocasião, foi atropelado no cruzamento das avenidas João Fiúsa e Adolfo Bianco Molina, na zona Sul. Ichisato está preso desde então na penitenciária de Balbinos, a 230 quilômetros de Ribeirão Preto.
No recurso, os advogados de Ichisato pediram a anulação da condenação, porque alegam que houve “cerceamento de defesa”, o que foi negado pelos desembargadores.
No acórdão, o desembargador Roberto Porto, relator do processo, disse que o réu não apresenta antecedentes criminais. E, quanto a motivação “fútil” do crime, o magistrado escreveu que não há informações sobre a personalidade e conduta social do réu. Por isso, ele entendeu que a dosimetria da sentença em primeira instância precisaria ser revista.
Outro lado
Em contato com a reportagem da EPTV, o promotor do caso em Ribeirão Preto, Marcos Túlio Nicolino disse que ainda não tomou ciência da decisão, mas reforçou que eventual recurso da decisão do TJ-SP deve partir da Procuradoria de Justiça de São Paulo.
Já advogada da família de Marcos Delefrate, Michele Lino, disse que é contrária à decisão e que deve recorrer.