Um trabalhadora rural encontrou uma manga ‘gigante’ de aproximadamente 2,5 kg, em um sítio no município de Cândido Rodrigues, a cerca de 100 quilômetros de Ribeirão Preto. A manga rara foi descoberta nesta quarta-feira (4), enquanto a dona Maria Elisa, de 71 anos, fazia a colheita da fruta.
“A gente estava colhendo a Palmer. Ninguém sabe que manga que é. Tem uns ‘pezão’ alto lá e daí ele [ pé da mangueira] está numa ‘quiçaça’. Tinha uma par dela num galho só. O galho estava relando no chão, de tão pesado. Nunca tinha visto isso na minha vida”, revelou a moradora.
A manga gigante tem chamado a atenção de amigos e familiares. “Mostrei para todos eles que trabalham com a gente e eles ficaram surpresos. Foi a mais bonita que eu achei. Tinha até maior que essa lá. Agora eu vou esperar para ver se ele vai madurar”, comenta a idosa.
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Mas afinal, que manga é essa?
O consultor técnico, Bruno Papa, atende propriedades rurais que trabalham com produção de manga na região de Monte Alto. Ele afirma que, em dez anos de atuação na área, nunca viu algo parecido. “É muito raro. Já encontrei mangas lá na nossa propriedade de 1,5 kg, 1,8 kg, mas 2,5 kg é a primeira vez que eu vejo. Aparentemente é uma manga de variedade Bourbon”, disse.
Papa afirma que o tamanho anormal da fruta pode ter ocorrido por diferentes fatores. “Pode ser algum distúrbio fisiológico dentro da planta para ter gerado um fruto desse tamanho. Também pode ter acontecido esse distúrbio, referente as geadas que a gente teve no ano anterior. A geada pode ter desequilibrado a fisiologia da planta”, explica.
Região é destaque na produção de manga
A região de Monte Alto é uma das principais produtoras de Manga do Brasil. Estima-se que o Brasil tenha cerca de 67 mil hectares dedicados à a produção da fruta, sendo que aproximadamente 15% está nesta região paulista, que também abrange municípios como Taquaritinga, Fernando Prestes, Cândido Rodrigues, Itápolis, Santa Adélia, Vista Alegre do Alto e Pirangi.
“Você encontra aqui as variedades Tommy Atkins, Palmer, Manga Maçã, Manga Espada Vermelha, Manga Keitt e Manga Ourinho. As que mais têm comercialmente são essas (…) Em relação à sazonalidade, mais o menos, a gente começa a colher em outubro, e acaba a safra em fevereiro”, conclui o consultor técnico Bruno Papa.
