Em dois meses e meio, o Consórcio PróUrbano, empresa que tem a concessão do serviço de transporte coletivo de Ribeirão Preto já recebeu mais de R$ 150 mil de multas por não cumprimento de contrato.
Em entrevista ao jornal da EPTV, o superintendente da Transerp, Marcelo Galli afirma que a fiscalização tem sido intensificada desde o ano passado.
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Segundo ele, já foram feitas 518 autuações em 2022, relacionadas a atrasos e adiantamentos do itinerário dos ônibus, entre outros problemas que afetam a qualidade do serviço prestado à população.
“É importante salientar que ano passado foram 606 autuações, ou seja, 85% esse ano já equivale ao ano passado inteiro (…) A gente está fiscalização”, garante Galli.
Porta amarrada com arame
Na semana passada, uma diarista ficou ferida após ser lançada para fora do ônibus em uma curva, na zona Leste de Ribeirão Preto. A queda da passageira foi registrada por uma câmera de segurança na tarde da última quarta-feira (9), porém as imagens viralizaram somente nesta terça-feira (14) – confira o vídeo abaixo.
O vídeo mostra que a porta dianteira se abre parcialmente na curva, próximo a um terminal de embarque e desembarque. Segundo informações de outros passageiros, a porta estava amarrada com um arame. Há indícios também de que o motorista fez a curva acima da velocidade permitida.
Uma passageira que estava no ônibus e presenciou o acidente fez um vídeo sobre o problema. “Não ‘tava’ abrindo [a porta] e amarraram com arame todo enferrujado e pobre (..)É isso que nós enfrentamos todos dias de manhã e a tarde”,desabafa.
Gali disse que este foi um fato isolado, mas que não deixa de ser grave, pois o acidente poderia ter provocado a morte da passageira. “A Transerp lamenta o ocorrido. Já foi aplicada uma multa [à PróUrbano], a gente também represou o ônibus e pedimos a suspensão ,e se possível, a demissão do motorista”, disse.
Fiscalização
Gali também admite que o atual efetivo voltado para a fiscalização dos ônibus é reduzido, comparado ao tamanho da frota na cidade Ribeirão Preto. Por esta razão, o trabalho será intensificado nas garagens, antes de os ônibus saírem para as ruas.
“A gente está melhorando a fiscalização, mas ainda está baixa. De 2017 a 2020 dava média de 338 por ano. Já fizemos 606 – que é o dobro. E neste ano vai extrapolar, se eles [PróUrbano] não condicionarem ao que a gente entende, eles vão ter que arcar”, finaliza. (Com EPTV)