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CotidianoVeja como a inflação recorde afeta os seus investimentos

Veja como a inflação recorde afeta os seus investimentos

Primeiro é necessário entender o que é inflação; Nada mais é que uma taxa de crescimento dos preços dos bens

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Eliseu Hernandez D’Oliveira, assessor de investimento da Blue3 (Foto: Weber Sian / ACidade ON

 
Parecia que depois de 2015 e de algumas poucas reformas, tínhamos vencido o
dragão da inflação. Porém, nada como uma pandemia para acordar esse problema que parecia
estar adormecida. A questão é que estávamos acostumados a ajustar nossos
investimentos (e consumo) a um cenário de suposta inflação baixa e quando apareceu (não
só no Brasil), nos pegou despreparados. 

Primeiro é necessário entender o que é inflação. Nada mais é que uma taxa de crescimento
dos preços dos bens. Isso quer dizer que com a mesma quantidade de dinheiro,
compramos menos coisas. 

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Segundo, a inflação impacta como um todo a economia do país. Para começar, o aumento
da inflação pode prejudicar o crescimento econômico na medida em que resulta em um
aumento na incerteza dos negócios e do consumidor. Alguém em algum lugar deve pagar
por preços mais altos na economia, o que pode afetar os padrões de vida, quando a renda não
aumenta para compensar. 

Por exemplo, preços mais altos de commodities significam que os fabricantes têm que
pagar mais pelos materiais que usam para produzir seus bens, o que significa que eles têm
que aumentar os preços que cobram pelos bens que produzem ou sofrem com as margens
de lucro mais estreitas. 

O aumento dos preços da energia (elétrica e fóssil) também é um desafio para algumas
empresas, pois elas têm que pagar mais pela energia que usam e o custo do transporte de
mercadorias aumenta. Esses aumentos normalmente fluem para os preços cobrados pelos
fabricantes. 

Taxas de inflação mais altas também podem colocar pressão para cima sobre as taxas de
juros. Banco Central (COPOM) com objetivo de manter a alta dos preços sob controle,
aumenta a Selic (taxa básica da economia). Por outro lado, credores geralmente querem
uma compensação mais alta para distribuir seu dinheiro, uma vez que poderão comprar
menos bens e serviços quando forem devolvidos no futuro. Por sua vez, taxas de juros mais
altas podem exercer pressão para baixo sobre o valor de alguns investimentos, como 
 
empresas mais especulativas de alto crescimento e até mesmo aquelas que oferecem
fluxos de renda de longo prazo, como ativos imobiliários e de infraestrutura. 

Por último, precisamos entender como isso impacta o cálculo de rendimento dos ativos. Se
o objetivo do investimento é fazer mais dinheiro para que nosso poder de compra aumente,
então temos que ter ao menos uma rentabilidade acima da inflação. Isso é chamado de
rentabilidade real. Pegamos o quanto rendeu a aplicação e descontamos o quanto os
preços subiram.  

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Exemplo: A poupança rendeu nos últimos 12 meses (até 31/07) 1,70% aproximadamente. A
inflação foi de 8,99%. Isso quer dizer que quem deixou o dinheiro na poupança, teve um
rendimento real de -6,68%.  

Percebe-se que mesmo com dinheiro investido houve uma perda de poder de compra, pois
a rentabilidade real foi negativa. Por isso é extremamente importante considerar a inflação
na hora de olhar como foi o desempenho da sua carteira de investimentos.

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