Está agendada para o dia 1° de novembro, segunda-feira, uma paralisação dos caminhoneiros em todo o Brasil. A categoria já se diz em estado de greve desde o dia 16 de outubro.
A categoria está descontente com a política econômica adotada para gerar o preço do diesel. No entanto, como não há uma liderança centralizando o movimento, há posições diferentes sobre a paralisação.
A possibilidade de greve preocupa porque, em 2018, em um movimento nacional, os caminhoneiros pararam por 10 dias. Em Ribeirão Preto, por exemplo, faltou combustível e a situação também afetou o abastecimento dos supermercados.
Em estados como Piauí, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, lideranças da categoria disseram que seus afiliados não vão parar. Já o líder dos caminhoneiros de Pernambuco informou que acredita que haverá uma grande mobilização.
Pelo lado do Governo Federal, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, afirma que desde 2018, foram 18 convocações de greve, mas nenhuma teve grande adesão.
Em São Paulo
O Sindicato dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens da Baixada Santista e Vale do Ribeira (Sindicam) informou que vai aderir à paralisação nacional dos caminhoneiros. A decisão foi formalizada nesta quinta-feira (28) em assembleia com sindicatos e cooperativas.
Assim, os caminhoneiros que atuam na região se juntarão ao movimento dos transportadores rodoviários autônomos e celetistas que prometem parar o País no dia 1º, caso o governo não atenda às reivindicações da categoria.
O Sindicam informou que a orientação é de manifestação pacífica, mas não garante que não ocorrerão interdições nas rodovias. Santos estima que os cerca de 2 mil associados do sindicato devem aderir à greve.
Os principais pedidos dos caminhoneiros são cumprimento do piso mínimo do frete rodoviário, aposentadoria especial a partir de 25 anos e fim da política de preço de paridade de importação da Petrobras para combustíveis.