A alta de 1,16% registrada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em setembro foi o maior resultado para o mês desde 1994, ano de implementação do Plano Real, quando subiu 1,53%, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8).
O resultado fez a taxa de inflação em 12 meses atingir o maior patamar desde fevereiro de 2016, quando estava em 10,36%.
Em setembro de 2020, o IPCA ficou em 0,64%. Como consequência, a taxa acumulada pelo IPCA em 12 meses acelerou de 9,68% em agosto para 10,25% em setembro, ante uma meta central de 3,75% perseguida pelo Banco Central este ano.
O IPCA está acima do teto da meta para este ano, que seria de 5,25%.
Habitação e energia elétrica
As famílias brasileiras gastaram 2,56% a mais com habitação em setembro de 2021, uma contribuição de 0,41 ponto porcentual para a taxa de 1,16% registrada pelo IPCA no mês, informou o IBGE.
A energia elétrica subiu 6,47%. Houve aumento na cobrança da bandeira tarifária, que passou de vermelha patamar 2 em agosto, com acréscimo de R$ 9,492 para cada 100 kWh consumidos, para a bandeira Escassez Hídrica em setembro, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh.
O gás encanado subiu 0,29%, devido a reajustes no Rio de Janeiro e em Curitiba. O gás de botijão aumentou 3,91%, acumulando uma alta de 34,67% nos últimos 12 meses.