Março é o mês de debates sobre igualdade de gênero – dia 8 é o Dia Internacional das Mulheres. Entre as conquistas mais significativas, está a liberdade para administrar as finanças. Um relatório do Boston Consulting Group (BCG) aponta que, até 2023, o volume de recursos em poder das mulheres deve somar US$ 93 trilhões.
Além de controlar as próprias contas, organizar o orçamento familiar e, em muitos casos, administrar o próprio negócio elas também aumentam a presença no mercado de investimentos.
Dados da B3, a Bolsa de Valores brasileira, mostram que as mulheres já representam 23% das contas de pessoas físicas na Bolsa. No Estado de São Paulo, a participação é ainda maior, de 25%. Ao todo, são 1,17 milhão de contas que pertencem a mulheres no país, sendo 461 mil em São Paulo.
“Com o crescimento do mercado financeiro e um mundo globalizado, mulheres buscaram conhecimento e, agora, possuem mais segurança para investir. Cada vez mais, nós mulheres, estamos nos preparando e adquirindo expertise para entrar e nos consolidar no mercado financeiro, acredito que estamos no caminho. E é só o começo”, diz Maria Laura Goulart, formada em Matemática, Sócia e Superintendente de operações na Blue3 Investimentos.
Profissionais do segmento
As mulheres brasileiras também têm buscado a equidade do “outro lado do balcão”, aumentando a atuação como profissionais do mercado financeiro. Segundo a Associação Nacional das Corretoras e Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliários, Câmbio e Mercadorias (Ancord), que as mulheres já representam 21% de 17 mil agentes autônomos de investimentos credenciados no Brasil.
São as profissionais que ganham espaço em um mercado tradicionalmente masculino e se destacam ajudando o brasileiro principalmente as mulheres – a investir melhor e construir um legado.
“Quando eu entrei nesse mercado, há três anos, eram pouquíssimas as assessoras mulheres. Realidade que mudou muito nesse período, com o crescimento significativo da presença feminina nos últimos anos. A mulher vem ocupando esse espaço pela competência e profissionalismo nessas novas funções que assume, e que sempre foram dominadas por homens”, diz Laís de Souza, formada em Economia e Sócia e Líder de Operação da Blue3.