A partir do dia 17 de agosto, o governo de São Paulo vai acabar com as restrições de funcionamento e de limite de capacidade nos estabelecimentos comerciais e de serviços. A medida anunciada nesta quarta-feira (28), é uma resposta de otimismo às atividades econômicas, que vem sofrendo desde o ano passado com as regras da quarentena.
Em Ribeirão Preto um dos setores mais prejudicados pela pandemia é o de bares e restaurantes. A estimativa é que desde 2020, quando foi decretada a pandemia no país, cerca de 20 mil pessoas tenham sido demitidas. Destas, 10 mil já foram recontratadas e as outras vagas devem ser preenchidas agora, à medida que os empresários se sentirem mais seguros para investir.
A projeção é do empresário Renato Munhoz, presidente regional da Abrasel (Associação Brasileira dos Bares e Restaurantes). “Apesar de ainda não estar com todo movimento, a gente acredita na retomada com 100% dos jovens adultos vacinados. Praticamente todo o meu time de funcionários já está vacinado, isso dá uma segurança maior para todos”, explica Renato.
Segundo ele, o setor de bares e restaurantes é um dos que mais empregam na cidade. Desta forma, a Associação pretende firmar parcerias, para apoiar cursos profissionalizantes aos jovens visando a inserção deles ao mercado de trabalho que tende a crescer daqui pra frente.
Para atuar nesta área, o candidato tem que ter vontade de aprender, diz Renato. As vagas abertas serão divulgadas na página da Abrasel, nos bancos de empregos e entidades comerciais da cidade. “Isso mostra que a vacinação é a única solução para a volta da normalidade, não tem outra solução. Vamos sair dessa, mais fortes do que antes”, acrescenta.
Hábitos de consumo
Renato também comenta sobre a mudança no hábito de consumo. Com o pandemia, obrigatoriamente, os restaurantes passaram a investir em outras alternativas para que seu menu gastronômico, continuasse chegando até os clientes.
Com isso, a partir de agosto, quando está previsto o fim das restrições e limitação de público, o empresário acredita que uma parcela das pessoas, ainda continuará fazendo pedidos de comidas pelo delivery.
“A gente vê por exemplo os números do IFood e delivery tendo uma queda gradativa com a abertura do salão, é obvio que não vai voltar os números pré-pandemia, mas teremos perfis de clientes presencial, digital e o que liga para buscar a comida no estabelecimento”, conclui Renato.