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EsportesPalmeiras decide Mundial para encerrar piada de rivais e controvérsia

Palmeiras decide Mundial para encerrar piada de rivais e controvérsia

Final do Mundial de Clubes será contra o Chelsea neste sábado (12), às 13h30, no Mohammed Bin Zayed Stadium, em Abu Dabi

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Elenco do Palmeiras fez atividades táticas em preparação para a final (Foto: Fabio Menotti / Palmeiras)
Elenco do Palmeiras fez atividades táticas em preparação para a final (Foto: Fabio Menotti / Palmeiras)

 

O Palmeiras passou anos ensejando jogar uma final de Mundial de Clubes. Fracassou em 2021 no Catar, mas neste ano voltou fortalecido, descansado e preparado e tem a chance de levantar a taça. A equipe de Abel Ferreira enfrenta o poderoso Chelsea neste sábado, às 13h30 (de Brasília), no Mohammed Bin Zayed Stadium, com o pensamento de encerrar os gracejos dos rivais, que dizem que o clube não é campeão mundial e levantar seu oitavo troféu em sete anos. Também quer acabar com a controvérsia da Fifa, que alimenta polêmica ao não ter uma posição definitiva sobre a Copa Rio de 1951.

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Para chegar à final, o time brasileiro derrotou o Al Ahly, do Egito, por 2 a 0 com um futebol convincente. O Chelsea foi claudicante, suou, mas passou pelos sauditas do Al Hilal nas semifinais com vitória de 1 a 0.

Tanto Palmeiras quanto Chelsea perseguem em Abu Dabi o primeiro título do Mundial. Desconsiderando a taça da Copa Rio de 1951, que se tornou uma controvérsia com a mudança de tratamento da Fifa em relação ao torneio, o clube brasileiro jogou duas vezes o certame. Foi vice em 1999 ao perder para o Manchester United na antiga versão da competição, chamada de Copa Intercontinental, e no ano passado registrou a pior campanha de um sul-americano ao terminar em quarto lugar. Em sua única participação, o Chelsea foi derrotado pelo Corinthians na decisão em 2012.

O Palmeiras entra em campo para conquistar a taça, fato que encerraria o gracejo dos rivais, e também para diminuir a larga vantagem entre europeus e sul-americanos no campeonato. Desde 2005, ano em que o Mundial passou a ser jogado no atual formato, apenas três times da América do Sul, todos brasileiros, ganharam a competição: São Paulo em 2005, Inter em 2006 e Corinthians em 2012.

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O revés para o Corinthians há dez anos foi a última vez que um representante europeu voltou para casa sem a taça. Desde então, as equipes do Velho Continente faturaram o troféu nas oito edições seguintes. O Real Madrid ganhou quatro vezes, o Bayern de Munique duas e Barcelona e Liverpool saíram vencedores em uma ocasião.

Com os egípcios, Abel Ferreira tinha o desafio de fazer seu time encontrar espaços num ferrolho defensivo. Teve dificuldade no início, mas cumpriu seu papel. Mostrou paciência e circulou a bola até encontrar os caminhos. Diante dos ingleses, o cenário será diferente. É provável que se desenhe de forma semelhante à decisão continental com o Flamengo, em Montevidéu.

O Palmeiras vai recuar pelos lados, com Marcos Rocha e Scarpa, se fechará com uma linha de cinco defensores e quatro meio-campistas e terá como aposta os passes rápidos e contragolpes para achar atalhos.

“Acho que vamos surpreender, sim, e sair campeões, com fé em Deus”, afirmou Danilo. O jovem meio-campista fez uma breve análise do rival. “O Chelsea gosta dos contra-ataques, gosta de ter a bola, os laterais apoiam bastante. Vai dar um jogão”

O Chelsea também sabe muito sobre o Palmeiras. O húngaro Zsolt Low, auxiliar do técnico Thomas Tuchel, definiu o adversário como “um dos melhores times do Brasil”. “Espero um jogo muito difícil. Os torcedores são incríveis. Thiago Silva me falou sobre os torcedores. Será um jogo “fora de casa” para nós. São fortes, mas estamos preparados. Também somos fortes”, pontuou.

“É um time forte coletivamente. Nós vimos a final da Copa Libertadores e o jogo passado contra o Al Ahly”, continuou Low. O húngaro preferiu não citar individualmente um atleta do clube brasileiro que lhe agrade.

O Chelsea, de forte jogo coletivo, tem em Lukaku seu craque. O forte, mas veloz e habilidoso centroavante belga é a principal arma ofensiva do time europeu. Foi dele o gol que garantiu a equipe na semifinal. É difícil, mas não impossível pará-lo, pensa Piquerez.

“Todos o conhecem. Jogador muito forte, gosta do corpo a corpo, mas nossos zagueiros também são agressivos. Estou totalmente confiante de que podemos buscar o título”, salientou o uruguaio.

Abel Ferreira assistiu do estádio ao duelo dos ingleses pela semi. Observou jogadas bem construídas pelos lados, e viu que o jogo ofensivo passa muito por Lukaku. Mas também notou fragilidades defensivas que podem ser exploradas, como o espaço pela esquerda, com Marcos Alonso. O favorito é o atual campeão europeu, pensa Abel, mas sua equipe pode se igualar ao adversário no esforço e vontade, ele ressalta.

“Claro que dá para ganhar, o futebol é mágico por isso mesmo”, opinou. “Vamos entrar no que somos bons, na coragem, na valentia, com a bola ter coragem para impor nosso jogo, fintar, driblar, dar mais que um toque. Juntar o talento com o trabalho, porque aí seguramente a vitória fica mais próxima”, reforçou.

É improvável que Abel surpreenda na escalação. Deve ser a mesma que iniciou o duelo da semifinal. Ele tem todos os titulares à disposição. Se houver mudanças, será no plano tático. Alguma surpresa do comandante da equipe, que joga a final com o uniforme branco antigo, de 2021, porque a Fifa vetou o novo.

No Chelsea, há dúvidas no gol e meio de campo. Campeão da Copa Africana com Senegal e eleito melhor goleiro do mundo em 2021, Mendy não jogou contra o Al Hilal porque havia acabado de voltar de sua seleção. É considerado titular, mas Kepa o substituiu com competência e foi a estrela do time no confronto com os sauditas. No meio, Mason Mount se recuperou de lesão e briga por vaga entre os titulares. O treinador alemão Thomas Tuchel apresentou teste negativo para covid e se juntou na véspera do jogo ao elenco. Estará à beira do gramado neste sábado.

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Ricardo Canaveze
Ricardo Canaveze
É repórter no portal ACidade ON Ribeirão Preto. Formado em Jornalismo pelo UNIFAE em 2003, tem uma experiência em editorias como Cotidiano e Polícia. Já atuou em emissoras de rádio no início da carreira na comunicação, a partir da década de 1990, e em jornais impressos como o A Cidade. Está no Grupo EP desde 2007.
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