No último domingo (18), a Copa do Mundo 2022 foi decidida nos pênaltis, com o título ficando para Argentina de Lionel Messi e do goleiro Emiliano Martinez, que defendeu a cobrança de Coman, da França. Um estudo da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto revela o segredo dos arqueiros na disputa, o pé à frente da linha na hora da batida da bola.
A técnica foi liberada pela Fifa em 2019, mas não é novidade. Já que era comum que os goleiros se adiantassem nas cobranças de pênalti para ganhar vantagem sobre o cobrador. O estudo realizado pelo professor Paulo Roberto Pereira Santiago, da Escola de Educação Física de Ribeirão Preto (EEFERP-USP), mostra que os goleiros saíram ganhando com a liberação.
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De acordo com a Agência Fapesp, o experimento foi conduzido dentro do Laboratório de Biomecânica e Controle Motor da EEFERP-USP com seis goleiros de futebol profissional e quatro amadores, e foi publicado na revista Scientific Reports.
Os atletas realizaram 20 saltos, sendo 10 para o lado preferido do goleiro, e dez para o lado não dominante, utilizando a regra antiga que não permitia o pé à frente e a nova, que liberou a técnica.
“O que foi verificado é que o lado não dominante apresenta valores maiores quando comparado com o dominante do goleiro no salto. O que é comum porque, geralmente quando ele tem dominância para direita, salta melhor com a perna esquerda, que é o membro de apoio ou impulsão”, explica o professor.
Os pesquisadores mediram o desempenho de salto em representação 3D do corpo do goleiro, o mesmo utilizado em jogos de computador. A Agência Fapesp também informa que foram colocadas plataformas de força, uma espécie de balança no chão, que é capaz de medir a força que o goleiro aplica no momento da cobrança.