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Lazer e CulturaTradição cervejeira de Ribeirão Preto possibilitou uma das melhores escolas públicas

Tradição cervejeira de Ribeirão Preto possibilitou uma das melhores escolas públicas

Terreno do colégio Alberto Santos Dumont, no Sumarezinho, foi doado pela CCP e é um dos legados da cultura da cerveja local

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À dir., fachada da Cervejaria A Rapaziada, fundada por imigrantes europeus no final do século 19 (Foto: Associação Museu da Cerveja de Ribeirão Preto/Acervo) Colégio Alberto Santos Dumont, em Ribeirão Preto (Imagem: reprodução)

Pouca gente sabe, mas o terreno de uma das escolas mais tradicionais de Ribeirão Preto foi doado pela Companhia Cervejaria Paulista (CCP), a mesma que ergueu o teatro de ópera Pedro II e os outros prédios do Quarteirão Paulista.

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Mesmo sendo menos conhecida que os investimentos culturais no Centro, visíveis também no patrocínio de espetáculos, a doação da área da Escola Estadual Alberto Santos Dumont afetou a vida de milhares de ribeirão-pretanos.

Completando 70 anos de existência em 2023, o “Santão”, apelido carinhoso dos ex-alunos do colégio, teve em seus primeiros anos um dos processos seletivos de alunos mais difíceis da cidade. Manter-se com boas notas para seguir na escola e não ter que ir para uma “particular” era outro motivo de esforço.

Após a universalização do acesso, continuou fazendo história e até hoje tem estudantes de destaque em grandes vestibulares do país.

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Cerveja e café

A produção de cerveja em Ribeirão começou por causa da riqueza do café, iniciada em 1870 com a divulgação da fertilidade da terra roxa e com a vinda dos imigrantes, que seriam os primeiros cervejeiros. Entre 1891 e 1910, o historiador Leandro Maia Marques identificou para sua tese registros de 24 fábricas de cerveja artesanais na cidade.

De acordo com o jornalista e pesquisador de história da cerveja Daniel Navarro, quando as grandes cervejeiras chegaram em 1911 e 1914, porém, não estavam em busca da boa água, mas de mercado de consumo abastado e amplo e da vantagem logística dada pela Ferrovia da Mogiana.

Na época, Ribeirão era a terceira maior população do Estado, atrás apenas de Campinas e São Paulo e, desde 1896, tinha uma malha férrea que a conectava trens até a divisa de Minas Gerais com Goiás.

Dessa forma, quando os cafeicultores quebraram na crise de 1929, a cultura da cerveja já estava bem implantada e colocou recursos na economia, salvando a cidade. O ciclo foi interrompido só nos anos 2000, com fechamento da Cervejaria Antártica, mas foi retomado em 2016 com a criação da Colorado e o início de uma nova Era para as cervejarias artesanais, que tem movimentado a economia local e o turismo. 
 

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*Para marcar as comemorações dos 167 anos de Ribeirão Preto, o acidade on publica uma série com curiosidades e dados históricos da cidade. Ao todo, serão publicados 24 conteúdos, até o dia 19 de junho. Vamos falar de prédios históricos, de tradições, de números e de costumes dos moradores de Ribeirão Preto.

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