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PolíticaCarros híbridos e movidos a etanol podem ser isentos do IPVA em SP

Carros híbridos e movidos a etanol podem ser isentos do IPVA em SP

Governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, vetou a isenção do IPVA para carros elétricos; novo projeto começa a ser discutido

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O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), vetou o projeto de lei aprovado pela Alesp (Assembleia Legislativa de São Paulo) que isentava o pagamento do IPVA (Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores) para carros elétricos.

O objetivo do projeto era incentivar o uso de veículos menos poluentes no estado. O motivo do veto foi publicado na edição de sexta-feira (20) do Diário Oficial do Estado.

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Também nesta sexta, o governador enviou outro projeto em caráter de urgência propondo a isenção “exclusivamente para veículos a hidrogênio e híbridos com motor elétrico ou com motor a combustão que utilize alternativa ou exclusivamente etanol”.

Se aprovada, a medida valerá entre 2024 e 2025 para automóveis que custem até R$ 250 mil. Depois, esses modelos passarão a pagar gradualmente imposto de 1% a 4% entre 2026 e 2029.

Na justifica para o veto do projeto enviado pela Alesp, ele afirmou, entre outros motivos, que a proposta “está em descompasso com o vigor da produção do etanol e com as perspectivas de utilização do biometano produzido no Estado”.

No seu projeto, ele também inclui a isenção de IPVA para ônibus ou caminhões movidos exclusivamente a hidrogênio ou a biometano entre 2024 e 2028. Segundo ele, a medida decorre de estudos realizados pela Secretaria da Fazenda e Planejamento.

“Falta um pouco de profundidade nesse debate, principalmente das autoridades públicas, e acho que o governador deveria se aprofundar um pouco mais, assim como sua equipe, para entender de onde é possível maximizar a descarbonização e não tratar as coisas com limites”, disse o presidente da ABVE (Associação Brasileira do Veículo Elétrico), Ricardo Bastos.

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Outro questionamento é que carros híbridos flex atualmente podem ser abastecidos com etanol ou gasolina. Atualmente, tomando-se como base os modelos flex a combustão, 70% dos usuários abastecem com o combustível fóssil, e 30% com etanol.

Três tecnologias disponíveis

Na opinião de Bastos, o Brasil, e particularmente São Paulo, tem possibilidade de trabalhar com uma combinação das três tecnologias disponíveis para a descarbonização (híbridos, híbridos plug-in e elétricos), pois a matriz energética do País é limpa e tem os biocombustíveis.

“Podemos trabalhar desde os biocombustíveis até a energia elétrica e nossa indústria automobilística é forte e pode produzir todos eles”, disse.

Em abril, ao visitar a fábrica da GWM (Great Wall Motor) em Iracemápolis – adquirida da Mercedes-Benz -, Tarcísio de Freitas anunciou que pretendia retirar a cobrança do IPVA carros híbridos e elétricos em 2024.

Na época, afirmou que sua intenção era “reduzir ou mais provavelmente zerar o IPVA desses veículos”. O elétrico Dolphin, importado pela BYD, foi o modelo eletrificado mais vendido no País em setembro.

Outra justificativa dada pelo governador é que a concessão de incentivo fiscal deve considerar, entre outros aspectos, as especificidades da matriz energética paulista, fundamentalmente a diversidade e a abundância de recursos energéticos disponíveis no Estado oriundos da biomassa.

Bastos contrapõe a declaração afirmando que o estado esquece que 30% de sua energia é gerada de biomassa, muitas vezes do bagaço de cana. “Então, quando abasteço um carro elétrico, estou usando 30% de energia de bagaço de cana”, que é uma biomassa.

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