O acidade on Ribeirão começou nesta segunda-feira (9) uma série de entrevistas com os candidatos à Prefeitura de Franca nas eleições 2024. O primeiro entrevistado foi o atual prefeito de Franca, Alexandre Ferreira (MDB) – veja o player acima.
A sequência de entrevistas foi definida por ordem alfabética. Cinco candidatos serão sabatinados por 12 minutos. No sábado (14), o candidato terá 8 minutos de entrevista ao vivo. Outros candidatos na disputa terão entrevistas de 2 minutos veiculadas.
Nos últimos anos, o transporte público de Franca foi envolvido a diversas polêmicas. Inclusive, você chegou a anunciar o rompimento do contrato com a atual empresa. O que pretende fazer para resolver a situação em um eventual novo mandato?
- A gente já está fazendo. A licitação sai em janeiro. Nós contratamos uma empresa para fazer um estudo técnico do transporte público. Hoje está muito ruim, realmente. A empresa com dificuldade, as pessoas com dificuldade, os ônibus com dificuldade. Enfim, não está bom. E aí, com o advento do Tribunal de Contas dizendo o seguinte: ‘olha, nós não podemos mais continuar com esse aditivo feito em 2019, que foi feito de maneiro irregular’. Nós conseguimos conversar com o Tribunal de Contas dizendo o seguinte: ‘Não pode parar até que a gente faça uma licitação’. A gente trabalhou para isso, fizemos audiências públicas. Quem vai decidir como vai ser o transporte público é a população, inclusive de que maneira ele vai funcionar. Então, logo em janeiro, já deve estar pronta a licitação para poder soltar no mercado. E aí, cada empresa vai fazer a sua proposta, mas entendendo que vai sim aumentar a quantidade de ônibus, a quantidade de linhas, vai facilitar para você ir Leporace para o Brasilândia, por exemplo, não vai mais precisar passar pelo Centro. Já faz direto a ligação para ganhar tempo, ganhar mobilidade, facilitar a vida das pessoas.
Isso inclui ônibus mais modernos? Como você seria isso?
- Essa é a definição que as audiências públicas estão nos mostrando. Ônibus mais novos, ônibus com ar-condicionado ou sem, ônibus com wi-fi ou sem, ônibus com GPS, aplicativos de telefone para poder melhorar o acesso às informações de que horas chega o ônibus, como que ele está, se ele está dentro do tempo, mas principalmente, um estudo para que a gente coloque mais ônibus, mais linhas e, principalmente, mais partidas por cada linha. Isso quer dizer o seguinte: ao invés de você ficar 40 minutos, uma hora esperando no ponto de ônibus, você vai ter duas, três partidas naquele mesmo ponto de ônibus. A cada 15 minutos, a cada 20 minutos vai sair um ônibus e você vai ter acesso no seu celular de como isso vai funcionar e de que horas que esse ônibus vai chegar para você não perder tempo no ponto de ônibus.
Quando há fortes chuvas, Franca enfrenta problemas com alagamentos em razão do transbordamento dos córregos Cubatão e dos Bagres. Qual a proposta para essa situação?
- Nós já estamos praticamente com a licitação pronta. Nós conseguimos R$ 38 milhões de investimento do Governo Federal, através do deputado Baleia Rossi para que a gente possa investir nisso. Então, o alargamento do córrego embaixo do Dona Quita já está no projeto, dependendo só da Sabesp fazer a liberação. Das documentações de praxe, depois já licita. E, no córrego dos Bagres nós vamos aumentar a vazão embaixo de três pontes e suspender essas pontes. Isso vai fazer com que a água passe por baixo e vai diminuir, com certeza, esse problema que tem hoje nos córregos. Atrelado a isso, nós já fizemos obras no Franville, na rua Boa Vista, perto da Coronel Tamarindo, nós fizemos obras no Palestina, nós fizemos obras no Aeroporto, depois vai fazer na Vila Isabel, que também já está previsto. Então, fazer essas obras que estão previstas que a gente conseguiu já recurso. Janeiro a gente já licita isso.
Como pretende utilizar as novas regras da reforma tributária para atrair empresas e novos negócios para Franca?
- Nós montamos o Emprega Franca, nós montamos Caminho para o Emprego, nós montamos a Sala do Empreendedor, nós fizemos várias ações que fizeram que o volume de empresas na cidade fosse crescendo, criadas dentro mesmo da nossa cidade. Então, a indústria hoje paga 1,6 salários mínimos, o serviço paga 2,2 salários mínimos e o comércio 1,8. O que a gente precisa agora é evoluir. Nós estamos a pleno emprego, mas vamos evoluir. Treinamento, capacitação em tecnologia da informação para que você consiga ter acesso a um emprego muito melhor, já que a tecnologia da informação em Franca paga 6,2 salários mínimos. Então, a ideia é atrair empresas para que elas possam contratar essas pessoas, mas a gente precisa as pessoas capacitadas. Isso a gente capacita, atrai empresa e diz para empresa: ‘olha, aqui em Franca tem infraestrutura boa, tem condição de trabalho, tem desenvolvimento humano ótimo, tem uma mão-de-obra muito boa, qualificada e em quantidade suficiente, pode vim para cá, que aqui é o seu caminho, aqui você vai prosperar’. E, principalmente, a gente está montando um centro de inovação. A gente já está prevendo esse centro de inovação no ano que vem para poder melhorar mais ainda o acesso nas inovações tecnológicas dentro da cidade para que ela possa desenvolver, crescer, gerar empregos, gerar renda e fazer uma cidade mais justa, mas humana e mais organizada para se viver.
A previsão desse centro de inovação é?
- No ano que vem a gente já começa trabalhar nele para estabelecer neste centro, para no futuro virar um polo tecnológico. Então, hoje nós transferimos a incubadora tecnológica que a gente criou, jogou para Facef, e lá onde funciona, nós vamos criar o primeiro centro de desenvolvimento, centro de inovação tecnológica para a gente conseguir criar tecnologias novas, fazer uma estrutura para que novas empresas possam crescer na área de tecnologia gerando um emprego renda maior.
Candidato, a região está enfrentando grandes queimadas nas últimas semanas. Você acredita que esse é um problema que a prefeitura pode ajudar a resolver?
- O número de focos de incêndio em Franca é menor do que em todas as cidades aqui. Nós vimos alguns gráficos agora há pouco falando isso. Domingo retrasado nós fizemos uma reunião convocando todo mundo. Qual é o papel do prefeito e eu fiz isso? Convocar todo mundo. Polícia Ambiental, Polícia Militar, Polícia Civil para a gente ver se realmente são criminosos, quem são, onde estão, acolher informações dos moradores, dar oportunidades dos moradores denunciarem, mas, principalmente, combater esse criminoso, combater essa pessoa que põe fogo, combater essa pessoa que faz com que toda a região esteja assolada por esse problema e, a partir daí, a gente conseguir restabelecer, remodelar, reestruturar essas matas. Mas, principalmente, quando a gente cria a possibilidade de investigações e cria a possibilidade de fiscalização com drone, como a gente fez, quando a gente equipa a Guarda Civil Municipal para fazer essa fiscalização ambiental, quando a gente vai na Polícia Ambiental e diz: ‘olha, nós precisamos de retorno’. Quando a gente faz um processo de investigação com a Polícia Civil de quem colocou fogo, a gente começa a dar resultado, a gente fez isso, isso tem que ser mantido porque o ano que vem nós vamos ter o período de seca de novo. Se não, vem fogo de novo como aconteceu em 2021, em 2022 e agora em 2024. Então, estruturar as forças de segurança para que elas possam da maneira como está sendo feita até que dê o resultado para trabalhar para diminuir ou até acabar com esse tipo de ação criminosa.
Entre as suas propostas, está a implantação de mais um restaurante popular em Franca. Como isso seria realizado?
- Quando eu fui prefeito da outra vez, eu fiz o Bom Prato. E agora a gente fez o Cozinha de Referência, Cozinha Alimento, então a gente retomou o Conselho de Segurança Alimentar e Nutricional e a gente hoje tem cestas verdes sendo oferecidas para as pessoas, a gente tem essas acompanhadas, nós criamos o Cartão Alimentação. O Cartão Alimentação foi muito bom, porque se antes a gente comprava a cesta básica para as pessoas em situação de vulnerabilidade, a gente normalmente comprava e esse dinheiro ia para fora da nossa cidade. E, quando a gente passa a dar o cartão, esse dinheiro permite a ela comprar no comércio do bairro dela, perto da casa dela. Manteve o dinheiro na cidade, gerou renda, gerou emprego nos comércios nos bairros e, principalmente, deu a ela a oportunidade de comprar o que ela quiser, da maneira como ela quiser, no tempo que ela quiser e facilitou muito a logística. É um trabalho que tem que ser contínuo. A gente vai estruturar ainda mais o Cozinha Alimento, a gente vai estruturar ainda mais o Cartão Alimentação, a gente vai continuar fazendo com que as pessoas em vulnerabilidade social sejam atendidas. Nós aumentamos em 52% o volume de recursos financeiros da Assistência Social e isso gerou grandes resultados para a nossa cidade.
Regras das entrevistas
Foram convidados para as entrevistas presenciais os candidatos com partidos que têm representação na Câmara dos Deputados, como são os casos do MDB, Psol, PL, PSB e PT, que terão 12 minutos nas entrevistas. O Novo também tem representação, mas é um dos partidos que não alcançaram a cláusula de barreira, e terá 8 minutos na entrevista.
Já o PCO, Mobiliza e PCB não têm representatividade na Câmara dos Deputados. O espaço também será aberto para essas legendas, mas em entrevistas gravadas de 2 minutos.
Próximas entrevistas
- 10/9 – Guilherme Cortez (PSOL)
- 11/9 – João Rocha (PL)
- 12/9 – Marco Aurélio Ubiali (PSB)
- 13/9 – Mariana Negri (PT)
- 14/9 – Alexandre Tabah (Novo)
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