O presidente da Mesa Diretora de Ribeirão Preto, Alessandro Maraca (MDB), disse que o fato de Luís França (PSB) ser do mesmo partido de Sérgio Zerbinato não é um impeditivo para que o parlamentar seja relator da comissão processante que investiga o colega em um suposto esquema de rachadinha.
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“O entendimento de que ser do mesmo partido não tem impedimento e é corroborado pelo Supremo”, afirma. De acordo com Maraca, a representação partidária não pode ser impedida, porque outro vereador da mesma legenda está sendo investigado.
Decisão de todos
“Vamos ouvir todas as partes. Defesa, acusação e vamos fazer o melhor que a gente puder dentro da lei”, disse Luís França. “A decisão não é dos três vereadores. Será dos 22 vereadores no final dos trabalhos”, completou.
A formação da comissão e a atribuição de cada parlamentar na investigação foi definida por sorteio realizado no plenário da Câmara na sessão do dia 24 de fevereiro.
Prazo de 90 dias
A comissão processante foi instalada nesta quarta-feira (2) e é presidida por Igor Oliveira (MDB). Com isso, o prazo de 90 dias para conclusão da investigação começa a ser contado. O vereador Elizeu Rocha (PP) também faz parte da comissão.
Zerbinato nega as acusações
O vereador Sérgio Zerbinato nega a acusação de que faria parte do esquema de rachadinha. O parlamentar afirma que a acusação é motivada por interesses políticos. Zerbinato também é investigado em uma ação civil pública movida pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo).
“Tenho toda certeza que vou provar a minha inocência na Justiça e tenho certeza que é lá que eu devo apresentar a minha defesa, as minhas provas e provar que sou inocente nesse processo”, disse Zerbinato na última sessão.