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PolíticaNévio ArchibaldEntenda o processo de cassação enfrentado por vereador de Ribeirão

Entenda o processo de cassação enfrentado por vereador de Ribeirão

Ex-assessoras de Ramon Faustino afirmam que o parlamentar cometeu atos de assédio e fraude documental; vereador afirmam que mensagens foram tiradas de contexto

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Vereador Ramon Faustino - PSOL (Foto: Divulgação/Câmara de Ribeirão Preto)
Vereador Ramon Faustino – PSOL (Foto: Divulgação/Câmara de Ribeirão Preto)

Na última quinta-feira (1º de setembro), a Câmara de Ribeirão Preto instaurou a comissão processante para investigar a conduta do vereador Ramon Faustino (PSOL), acusado de assédio moral e fraude documental por duas ex-assessoras – entre elas, uma ex-namorada. O Legislativo tem o prazo de 90 dias para investigar. 

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Segundo o presidente da comissão, Luís França (PSB), a primeira reunião acontece na terça-feira (6), às 9h. O relator da investigação é o vereador André Rodini (Novo). Bertinho Scandiuzzi (PSDB) também é membro do grupo. Eles devem analisar se houve quebra de decoro parlamentar, o que pode ocasionar na cassação de Ramon.

Quem denunciou?

A denúncia foi realizada por duas ex-assessoras que estavam lotadas no gabinete de Ramon Faustino e que fazem parte do coletivo Todas as Vozes, que desembarcou do então mandato em julho, quando as denúncias foram realizadas.

De acordo com o documento protocolado na Câmara, o gabinete comandado por Ramon teria se transformado em um “ambiente de terrorismo psicológico, perseguições, agressões verbais” e de uso da estrutura administrativa do Legislativo e do PSOL “para cometimento de diversos abusos de direito contra as demais servidoras lotadas no gabinete”.

O que é?

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Entre os casos, está o relato da advogada Viviane Patrícia da Silva, que desde 2020 mantinha um relacionamento com Ramon. De acordo com ela, quando o namoro chegou ao fim, o parlamentaria teria iniciado “inúmeras incursões” para reatar o relacionamento.  Como ter se mudado para uma casa próxima da ex-companheira. 

Tanto, que Viviane solicitou para Justiça uma medida protetiva prevista na Lei Maria da Penha, que foi concedida. A decisão foi flexibilizada após recurso apresentado pela defesa do vereador. O parlamentar teria tentado reatar o relacionamento, o que foi rechaçado pela ex-assessora, que continuou atuando no gabinete até a saída do coletivo Todas as Vozes.

Por conta disso, uma interlocutora dentro do PSOL chegou ser procurada para intermediar a situação, que foi apontada como “recorrente” dentro da legenda.

 Mensagens enviadas por Ramon para ex-companheira, que também era sua assessora (Foto: Reprodução)
 Mensagens enviadas por Ramon para ex-companheira, que também era sua assessora (Foto: Reprodução)

 

Exoneração

Outra reclamação apontada no documento é da exoneração de outra servidora, chamada Patrícia Cardoso. Segundo as autoras do documento, a ação teria ferido os “direitos da servidora”, já que ela estava afastada por indicação médica, e que o atestado teria sido “retido” pelo vereador.

‘Fora de contexto’

A assessoria de Ramon Faustino disse que as acusações feitas contra eles serão apresentadas à comissão durante os trabalhos e acredita que o teor de mensagens de texto apresentadas para embasamento da denúncia foram tiradas de contexto.

Anteriormente, o vereador também afirmou que a situação é motivada por disputa interna do PSOL de Ribeirão Preto e que ele está disposto a prestar esclarecimentos.
 

 

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