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PolíticaNévio ArchibaldJustiça derruba incorporações nos salários da Câmara de Ribeirão

Justiça derruba incorporações nos salários da Câmara de Ribeirão

Impacto da decisão ainda depende da modulação que será feita pela Justiça; Situação é alvo de denúncias e reportagens desde 2012

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Prédio da Câmara de Ribeirão Preto (Foto: Weber Sian / Arquivo ACidade ON)
Prédio da Câmara de Ribeirão Preto (Foto: Weber Sian / Arquivo ACidade ON)

 
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) acatou pedido em ação da Procuradoria-Geral de Justiça e declarou inconstitucionais várias incorporações salariais para funcionários da Câmara de Ribeirão Preto. São pelo menos três leis com conteúdos apontados como inconstitucionais: 3.181/76, 5.081/87 e 2.515/12. 
 
A ação de PGJ foi distribuída após manifestação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão que comanda a Operação Sevandija. A decisão de suspender as gratificações é do dia 25 de agosto e tem efeito imediato. No entanto, a Câmara ainda pode recorrer. 
 
O ACidade ON entrou em contato com a Coordenadoria Jurídica da Câmara de Ribeirão Preto, que informou que foi notificada da decisão no dia 1° de setembro e está analisando o teor do documento. 
 
Advogados consultados pela reportagem apontam que é necessário esperar a modulação da decisão por parte da Justiça para poder entender qual o impacto da suspensão das incorporações. A decisão pode afetar desde funcionários que já se aposentaram até servidores que estão na ativa.
 
 
Caso antigo
 
A situação que ganhou o nome de ‘supersalários’ é alvo da Justiça e de várias reportagens desde 2012. A denúncias começaram após a provação da Lei 2515/12 e de um concurso realizado pela Câmara naquele período. Várias pessoas que passaram no concurso acabaram ocupando funções diferentes dentro do Legislativo, com salários 10 vezes maior.

Em 2017, por exemplo, o Ministério Público chegou a abrir inquérito para investigar os supersalários da Câmara de Ribeirão Preto (relembre clicando aqui). O Regime de Tempo Integral (RTI) também foi alvo de várias investigações por parte da promotoria. A medida fazia com que funcionários de carreira e servidores dobrassem o salário sob a alegação de estar 24 horas por dia à disposição da Câmara (relembre clicando aqui). 
 
O RTI era prática comum na gestão dos ex-presidentes da Câmara, Cícero Gomes da Silva e Walter Gomes, ambos condenados na Operação Sevandija. A partir de 2017, o RTI para comissionados foi extinto.
 

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