Em novo julgamento realizado pelo TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), o ex-presidente do sindicato dos Servidores de Ribeirão Preto, Wagner Rodrigues, foi condenado a sentença de 15 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão. O acórdão com a decisão foi publicado no último dia 23 de junho.
O ex-sindicalista foi acusado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) do MP-SP (Ministério Público de São Paulo) de participação em um esquema de cobrança de propinas para liberação de honorários advocatícios, por parte da Prefeitura de Ribeirão Preto, o mesmo que sentenciou a ex-prefeita Dárcy Vera, na Operação Sevandija.
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Em primeira instância, Wagner Rodrigues foi condenado a pena 11 anos e 50 dias-multa pelo juiz Lúcio Ferreira, da 4ª Vara Criminal de Ribeirão Preto. Porém, por ter feito colaboração premiada, cumpria a pena em prisão domiciliar.
Em 2019, o Gaeco anulou o acordo com o ex-presidente do sindicato e ele foi preso em São Paulo pela Polícia Federal. Na ocasião, os promotores alegaram que Wagner quebrou os termos da colaboração e teria movimentado R$ 2,6 milhões entre janeiro de 2013 e janeiro de 2017, ou seja, após deflagração da Sevandija, em setembro de 2016.
Em julgamento realizado pelo TJ-SP em 2020, Wagner Rodrigues já havia sido condenado a pena de 15 anos, 3 meses e 20 dias de reclusão. Contudo, ele recorreu para que o julgamento fosse refeito, o que foi acatado pela Justiça, e a nova sentença foi publicada apenas agora.
O ex-presidente do Sindicato dos Servidores está em liberdade desde julho de 2020, após a detenção ter sido revogada pela Justiça, por conta da pandemia da covid-19, que suspendeu o atendimento presencial no Fórum. Wagner Rodrigues estava detido na penitenciária masculina de Tremembé, no Vale do Paraíba.
Outro lado
A reportagem do acidade on Ribeirão procurou o advogado Gabriel de Lima Salles Oliveira, que representa Wagner Rodrigues neste processo. Contudo, ele não quis se manifestar sobre a decisão.
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