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Saúde"Temos um risco de reintrodução do vírus", diz especialista sobre a poliomielite

“Temos um risco de reintrodução do vírus”, diz especialista sobre a poliomielite

Baixa cobertura vacinal observada no Brasil contra a doença nos últimos anos tem preocupado especialistas; Veja quais são os riscos

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'Temos um risco de reintrodução do vírus' diz especialista sobre a poliomielite - Foto: Divulgação
‘Temos um risco de reintrodução do vírus’ diz especialista sobre a poliomielite – Foto: Divulgação

A baixa cobertura vacinal contra a poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, tem preocupado especialistas. No Brasil, apenas 35% das crianças na faixa etária entre 1 e 5 anos de foram imunizadas contra a doença até na última terça-feira (6). Em Ribeirão Preto, o balanço parcial indica que foram vacinadas pouco mais de 30% das crianças do público-alvo, de acordo com dados disponibilizados nesta semana pela Secretaria Municipal da Saúde. 

Nesta semana, o Ministério da Saúde anunciou que vai prorrogar a campanha de vacinação contra a poliomielite até o dia 30 de setembro. A medida, segundo a pasta, visa aumentar a cobertura vacinal e a adesão da população à vacinação. Especialistas alertam que esse cenário pode provocar a reintrodução do vírus no país.

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“Aqui no país, nós temos um risco de reintrodução [do vírus] com esse cenário de baixa cobertura vacinal”, falou Caroline Gava, assessora técnica do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Programa Nacional de Imunizações.

 

A poliomielite, que causa paralisia infantil e pode ser fatal, chegou a ser uma das doenças mais temidas no mundo. Mas, com a vacinação, o Brasil deixou de apresentar casos da doença desde 1989, tendo recebido, em 1994, um certificado de eliminação da doença. No entanto, com a baixa cobertura vacinal e problemas relacionados à vigilância epidemiológica e condições sociais, o Brasil voltou a figurar como um país de grande potencial para a volta da doença.

 

“Em uma avaliação de risco feito nas Américas e no Caribe pela Opas [Organização Pan-Americana de Saúde], considerando variáveis como cobertura vacinal, vigilância epidemiológica e outros determinantes de saúde, o Brasil aparece em segundo lugar, como de altíssimo risco para a reintrodução da pólio, só antecedido pelo Haiti”, disse a infectologista Luiza Helena Falleiros Arlant, que também participou da mesa, mas à distância. Luiza Helena integra o Núcleo Assessor Permanente da Sociedade Latinoamericana de Infectologia Pediátrica (Slipe).

 

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Histórico 

Desde 2015, quando conseguiu obter uma cobertura vacinal de 98,3%, o Brasil não alcança mais a meta de vacinação para a doença [estabelecida em 95%]. Em 2020, ela somou apenas 76,2%. E, no ano passado, 69,9%.

Lembrando que, com o sarampo, a história não foi diferente. O Brasil chegou a receber o certificado de eliminação do sarampo em 2016. Mas em 2019, também com queda vacinal para a doença, o país perdeu esse reconhecimento após não conseguir controlar um surto, que se espalhou por diversos estados.

 

A poliomielite

A poliomielite ou pólio é uma doença contagiosa aguda causada por um vírus que vive no intestino, chamado poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas infectadas e provocar ou não paralisia. Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos. A falta de saneamento, as más condições habitacionais e a higiene pessoal precária constituem fatores que favorecem a transmissão do poliovírus.

Caroline alerta que a doença não tem cura e que a única forma de prevenção possível para a doença é a vacinação “A poliomielite provoca uma paralisia irreversível nos membros inferiores. E quando grave, ela pode provocar também uma paralisia dos músculos respiratórios. Temos uma taxa de letalidade, que é a morte pela doença, bastante alta. Os pais devem sempre deve estar olhando a caderneta de vacinação [dos filhos], que é assinalada, indicando quando ele deve retornar à unidade de saúde”, finaliza Caroline. (Com informações da Agência Brasil) 

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