Tradicionalmente, a campanha de vacinação antirrábica, que previne a raiva em animais domésticos, como cães e gatos, acontece nos meses de agosto. Contudo, em Ribeirão Preto a situação é diferente neste ano.
De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde, a campanha de vacinação contra raiva em animal continua suspensa na cidade. Por meio de nota, a pasta informou que a medida ocorre por orientações da Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo.
Em contato com a reportagem, o governo estadual informou que a campanha foi suspensa por conta da pandemia da covid-19. Mesmo assim, o estado informa que fez um acordo com todos os municípios paulistas para que a imunização antirrábica ocorra de forma rotineira.
E que seria de responsabilidade das prefeituras a autonomia para definir as estratégias necessárias para a segurança dos animais e da população. Além disso, informou que os municípios são abastecidos mensalmente com vacinas ou conforme solicitação.
Ainda lembrou que a aquisição e distribuição dos imunizantes são de competência do Governo Federal, e que o estado apenas redistribui para os municípios.
A secretaria da Saúde de Ribeirão Preto afirmou que a vacinação contra a raiva animal em na cidade continua sendo realizada nas situações de bloqueio, em cães e gatos, pessoas que tiveram contato com morcegos infectados e, também, em estratégia de rotina, mediante agendamento na DVAS (Divisão de Vigilância Ambiental em Saúde) pelo telefone (16) 3969-8120.
O que é?
A Secretaria de Estado da Saúde alerta que a raiva é uma doença infecciosa que não tem cura e pode ser fatal. “Mesmo sem registros de casos pela variante canina, o vírus continua circulando por meio de morcegos e manter cães e gatos imunizados garante também a segurança da população”, informa.
A pasta ainda reforça que além da vacinação dos animais domésticos, os responsáveis pelos pets devem ficar atentos ao contato dos bichos com morcegos. O último registro de animal infectado pela variante canina do vírus causador da raiva aconteceu em 1998.
“Ao vacinar o animal, o proprietário estará também prevenindo a doença retorne à população, uma vez que o bicho pode ter contato com morcego e, eventualmente, se infectar pelo vírus e transmiti-lo ao ser humano ou a outro animal. É importante também que os tutores evitem que cães e gatos entrem em contato direto com qualquer morcego, vivo ou morto”, orienta.