Com cinco locais diferentes para aplicação de provas e medidas de segurança por conta da pandemia de Covid-19, a primeira fase do vestibular da Fuvest 2021 tem 2.658 inscritos neste domingo (10), em São Carlos (SP).
Em decorrência da pandemia, a organização do vestibular criou um manual de biossegurança para os candidatos e implementou novas medidas como a disponibilização de mais salas para a realização de provas.
No município, o número de salas é 66% maior. Em 2020 eram 65 salas em três locais de prova, mas em 2021 serão 108 salas em cinco locais: Escola Educativa, blocos C e D da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), bloco 5 do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) e Unicep.
Ao todo, mais de 130 mil estudantes estão inscritos para o vestibular da Universidade de São Paulo (USP). A prova terá cinco horas de duração e 90 questões de múltipla escolha e os candidatos só poderão sair a partir das 16h.
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Expectativas em ano atípico
Mesmo com as mudanças impostas pela pandemia na rotina dos candidatos, a expectativa é boa para a grande maioria. O Ensino à Distância (EaD) ainda ficou entre os grandes vilões para as preparações para os vestibulares.
“Foi bem difícil se adaptar no EaD, tanto para os professores que não estavam acostumados a dar aula assim quanto pela gente que não estava acostumado a ter aula desse jeito. Foi uma adaptação bem difícil, mas agora pro final já estamos bem confortáveis”, comentou João Frederico Moreira Lopes, que busca uma vaga no curso de Direito pela segunda vez.
Essa também é a segunda vez que o estudante Luiz Felipe de Souza Petili presta a Fuvest. Ao todo, foi um ano de cursinho e estudo dobrado em casa para conseguir uma vaga no curso de Oceanografia.
“A pandemia obviamente deu uma atrapalhada principalmente na rotina de estudos de todo mundo, e também de certa forma no dia de aplicação de prova, acho que a prova vai ter um ambiente diferente porque enfrentamos vários desafios esse ano, mas acho que vai ser uma prova que no fim das contas vai dar para ir bem, eu estou bem tranquilo para fazer”, disse.
A falta do ensino presencial também alterou a rotina da estudante Giovana Silva, que já se prepara desde o ensino médio para conseguir sua vaga no curso de Direito. Para ela, a pandemia desacelerou o ritmo dos estudos, mas ainda sim espera um bom resultado.
“Esse ano tivemos que dar uma modernizada no que estávamos acostumados. Foi um pouco difícil se adaptar estudando em casa, até porque no terceiro colegial a gente passava muito tempo na escola e ficar em casa acabou atrapalhando um pouco, mas a gente se adaptou e agora espero que dê tudo certo”, comentou.
A Julia Ramos, de Descalvado (SP), viajou para ser treineira pela primeira vez. Para ela, essa é a oportunidade de se sentir mais confiante para os vestibulares futuros, principalmente nesta nova realidade.
“Acho que esse momento atípico que estamos vivendo nos ajudou a ver o mundo de outra forma e querendo ou não atrapalhou no quesito emocional e mental, mas também ajudou a gente a evoluir bastante. Prestando esse ano com treineira, acho que vai me deixar bem mais preparada para o ano que vem”, disse.
Permitidos x vetados
Entre as medidas de segurança impostas pela organização estão: obrigatoriedade do uso de máscara de proteção facial durante todo o tempo da avaliação, sendo permitido abaixar somente para reconhecimento facial e para beber água; consumo de alimentos sólidos apenas fora da sala e em locais demarcados.
O estudante tem permissão para levar, no dia do exame, documento de identidade com foto, máscara de proteção e caneta esferográfica azul. Não é permitido levar aparelhos celulares, equipamentos eletrônicos ou relógios. Haverá um sistema criado pela Fuvest para que os alunos saibam quanto tempo resta até o final do exame.