Em nota oficial à imprensa, a diretoria da Universidade Estadual Paulista (Unesp) informou que tinha ciência da necessidade de reforma no Instituto de Biociências (IB), do campus de Rio Claro, que foi atingido por um incêndio na tarde de quarta-feira (31).
A universidade alegou que desde 2020 vem enfrentando uma crise orçamentária decorrente dos repasses reduzidos às instituições de ensino e à pandemia de Covid-19. Porém, neste ano, o IB havia recebido um montante avaliado em R$ 5,5 milhões para realizar melhorias estruturais e demais investimentos.
O orçamento aprovado para o IB possibilitaria a abertura de um processo licitatório ainda neste semestre para selecionar a empresa que faria os devidos reparos estruturais no prédio, que foi construído em 1977.
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Com a verba adquirida, o instituto afirmou que, “a reforma no prédio central do IB de Rio Claro, com troca das redes elétrica e hidráulica, estava prevista para ocorrer em 2023 e era uma das principais metas da unidade universitária”.
Mas o incêndio acabou atingindo dois laboratórios de zoologia e salas de aula do instituto antes mesmo que a unidade tivesse iniciado a reforma. A principal suspeita para a causa das chamas é de uma falha na rede elétrica, embora o caso siga em investigação pelo Corpo de Bombeiros e Defesa Civil.
O instituto afirmou que lamenta as perdas científicas irreparáveis do acervo de 60 anos, a partir da queima de materiais, ensaios científicos e animais utilizados em pesquisas, e que trabalhará fortemente para reparar os prejuízos o mais rápido possível, a fim de minimizar a perda de conteúdos para os estudantes.
Enquanto os reparos são feitos, as aulas no IB seguem suspensas, porém as atividades dos demais institutos, como o de Biociências e Ciências Exatas (IGCE), já foram retomadas normalmente.
“Os prejuízos materiais e, sobretudo, cientı́ficos estão sendo dimensionados pelas equipes que trabalham no local. As causas do incêndio ainda estão sendo apuradas. A Unesp está consternada com as perdas do instituto e se solidariza a todos os docentes, pesquisadores, estudantes e funcionários técnico-administrativos que tiveram seus trabalhos interrompidos por esta terrível ocorrência. A administração central se dedicará diuturnamente para que a rotina acadêmico- cientı́fica seja retomada o mais breve possível”, afirmou a nota.
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