A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou na terça-feira (12) uma resolução que permite a flexibilização de medidas sanitárias a serem adotadas em aeroportos e aeronaves. O uso de máscaras continua obrigatório.
A atualização das regras foi possível graças ao desenvolvimento de vacinas contra a Covid-19 e ao avanço da vacinação da população brasileira, que permitiram uma redução expressiva no número de casos e óbitos no Brasil, mesmo com o aparecimento e avanço de novas variantes.
Mesmo com o encerramento da Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN), permanece a situação de Emergência em Saúde Pública de Importância Internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que requer que as medidas a serem adotadas em aeroportos e aeronaves ainda sejam cautelosas e proporcionais ao risco.
Entenda as novas medidas
Considerando o cenário epidemiológico atual, as seguintes flexibilizações foram autorizadas pela Agência e começam a valer no dia 22 de maio.
– Retomada do serviço de alimentação a bordo e permissão para retirada de máscara para alimentar-se a bordo
A Agência recomenda que os serviços de bordo sejam os mais breves possíveis, de forma a não prejudicar significativamente o uso de máscaras de proteção facial pelos viajantes. Recomenda, também, que todos os resíduos sólidos gerados pelo serviço de bordo sejam recolhidos o mais breve possível, sendo que especial atenção deve ser dada aos objetos que possam ter tido contato direto ou indireto com a boca do viajante, como copos, pratos, garfos e outros.
– Retorno do uso da capacidade máxima para transporte de passageiros
A proposta deliberada permite a retomada da atividade habitual dos ônibus comumente utilizados para transporte de passageiros para embarque e desembarque de aeronaves localizadas na área remota.
– Retirada da restrição para realização de procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave somente com a aeronave vazia
Os procedimentos de limpeza e desinfecção da aeronave poderão ocorrer mesmo antes da finalização do desembarque de passageiros. Contudo, ressalta-se que as regras estabelecidas pela RDC nº 2/2003 e RDC nº 56/2008, permanecem válidas e devem ser atendidas.
– Distanciamento físico entre passageiros sempre que possível
É clara a eficácia dessa medida não farmacológica para a prevenção do contágio em ambientes confinados. Portanto, permanece a recomendação do distanciamento físico entre passageiros, porém sem caráter impositivo.
– Manutenção do uso das máscaras faciais
O uso adequado das máscaras protege não apenas o indivíduo, mas a coletividade, razão pela qual se constitui em importante ferramenta de saúde pública. Assim, a manutenção da obrigatoriedade do uso da máscara fornece a segurança atualmente necessária para a supressão das demais medidas restritivas e para um retorno gradual à normalidade, sempre pautado no princípio da precaução e da proteção à saúde.
– Manutenção do desembarque por fileiras
O desembarque das aeronaves de forma ordenada por fileiras constitui-se em medida que reduz aglomerações no corredor da aeronave e, consequentemente, mostra-se efetiva para mitigação do risco de contágio.
– Manutenção dos avisos sonoros
Os avisos sonoros serão mantidos, mas ajustados ao cenário pandêmico atual. A Agência destaca que a adoção de informes sonoros em voos é avaliada como a medida mais efetiva de comunicação com os viajantes.
A medida de divulgação de recomendações e exigências sanitárias aos viajantes continua necessária, principalmente nesse momento de transição, de forma a manter os viajantes atualizados sobre as medidas vigentes.