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CotidianoApesar da pandemia, mercado de plantas ornamentais esboça reação

Apesar da pandemia, mercado de plantas ornamentais esboça reação

Queda do faturamento do setor é grande, mas poderia ser maior ainda não fossem as campanhas dos produtores, que convenceram consumidores de que plantas são essenciais

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Cultivo de plantas em casa tem impulso na pandemia. Foto: Ely Venâncio/EPTV

Na esteira do maior interesse do brasileiro, o mercado de plantas ornamentais está crescendo em São Carlos, mas ainda está longe de reparar a retração causada pela crise do novo coronavírus. Em uma floricultura da cidade, as vendas caíram mais de 60%, na comparação com o período pré-pandemia.

A floricultura da família do Leonardo Tayama funciona em São Carlos há mais de 30 anos. O último ano que coincide com a pandemia de Covid-19 as vendas caíram. O período foi “bastante difícil”, segundo o florista.

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“Está sendo um ano bem difícil porque não conseguimos planejar (as vendas), na verdade, ver a quantidade das compras que são semanais. Não conseguimos prever se uma semana vai ser boa ou não, então demos uma segurada nas compras”, afirmou.

Como alternativa para driblar a crise, a floricultura de Tayama apostou nas vendas pela internet. “No período em que começou a pandemia começaram as vendas online. Só que neste começo do ano do ano, de janeiro até agora, caíram bastante. Janeiro e fevereiro são sempre mais fracos, mas (neste ano) foram bem mais fracos do que costuma ser”, relata.

Por conta da paralisação de eventos que demandam bastante flores, como casamentos e formaturas, uma queda no mercado geral era esperada. Mas estratégias para alcançar o consumidor, como delivery e e-commerce, reverteram a tendência. Segundo o Instituto Brasileiro de Floricultura (Ibraflor), alguns produtores registraram aumento de até 20% nos negócios e a expectativa é que o setor cresça até 5% neste ano.

Para o professor Paulo Hercílio Viegas Rodrigues, do Departamento de Produção Vegetal da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq-USP), no começo da pandemia, o consumo de flores ficou em segundo plano.

“Foi um choque a pandemia, então nessa área de ornamentação ficou em segundo ou terceiro plano. As pessoas estão preocupadas em sobreviver, alimento, gente perdendo emprego. Então esse momento de pânico inicial é muito comum. Um ponto interessante é que a Ibraflor tomou a frente e fez uma campanha muito interessante e daí acalmou o mercado”, explica.

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De acordo com o docente, apesar do crescimento observado no mercado de flores em 2020, essa não é a realidade de todos os produtos.

“Estamos pegando um ponto em que o mercado de ornamentação, floricultura, foi legal, mas tem o lado negativo que foi o de corte, que, infelizmente sofreu com a restrição de eventos. O Brasil, por natureza, pelo ambiente nosso, consumimos pouca flor de corte. Não é comum comprar buquê e leva-lo para casa. Esse clima, como é que um buquê vai aguentar um transporte para casa neste calor? “, questiona.

A economista Paula Velho explicou a situação do setor. Para a especialista, 2021 pode trazer boas surpresas. “A estratégia de vendedores para se aproximarem mais dos consumidores fez com que se voltassem para esse produto. As pessoas se voltaram para dentro de casa e a planta se tornou elemento essencial”, analisa.

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