Balanço da rede de Bancos de Leite Humano do Estado de São Paulo mostra que a média de doações cresceu neste segundo ano de pandemia, mas ainda precisa reverter o impacto causado pela Covid-19 e aumentar os níveis para suprir recém-nascidos hospitalizados em UTIs Neonatais.
Em 2021, até maio, o Estado já conseguiu arrecadar mais de 22,2 mil litros de leite materno, uma média de 4,4 mil por mês. O número representa pelo menos 60 litros a mais coletados mensalmente em comparação a 2020, quando a pandemia começou. Apesar do pequeno aumento, a quantidade não é suficiente para atender toda a demanda.
Isto porque, no ano passado, a rede sentiu o impacto das doações com a chegada da Covid-19: a média mensal de coleta foi de 4,38 mil litros, contra 4,6 mil litros em 2019, uma queda de 5% no volume.
Um dos principais Bancos de Leite de SP está situado no Hospital Maternidade Leonor Mendes de Barros e também enfrenta oscilações nos estoques.
A unidade da Secretaria de Estado da Saúde conseguiu superar o número de doações de leite materno em 2020, em comparação com o de 2019. Durante os primeiros meses do ano passado, chegou a arrecadar menos de 100 litros mensalmente, e em outros momentos superou a marca de 200 litros.
Seguindo todos os protocolos e reforçando a importância da doação, conseguiu fechar o ano com 1867 litros coletados, ultrapassando a quantidade arrecadada em 2019, de 1435 litros.
“Ainda estamos em pandemia e a demanda de leite humano nas unidades neonatais é alta. Precisamos de doação para garantirmos a assistência desses bebês. Um litro de leite humano doado pode alimentar 10 crianças ou mais. Doar é seguro e salva vidas”, afirma a coordenadora do Banco de Leite da Maternidade Leonor Mendes de Barros, Andrea Spinola.
O Estado de São Paulo contabiliza 56 Bancos de Leite Humano (BLH) e 46 postos de Coleta de Leite Humano (PCLH). Em 2020, o Estado contou com mais de 36 mil doadoras.